Ao contrário do que alguns pensam, não foram superproduções
cinematográficas de orçamentos milionários, repletas de efeitos
especiais, as principais responsáveis pela conquista do grande público
nos mais diversos países do mundo, inclusive no Brasil. A maioria dos
sucessos definitivos do cinema decorre do inesgotável filão dos filmes
de amor, por vezes singelamente produzidos como "Casablanca" e "As
Pontes de Madison". Por essa razão, apreciamos de modo muito especial o
livro "Amoureux", da autoria de Charlotte Garson e editado pela
Cinémathéque Française. A autora consegue reunir uma expressiva gama de
abordagens adotada pela Sétima Arte em relação a inesquecíveis casos de
amor e intensas paixões. Entre as citações, estão desde o docemente
sentimental "Tarde Demais para Esquecer", de Leo McCarey, no qual
Deborah Kerr e Cary Grant marcam um encontro de tristes constatações no
alto do edifício Empire State, ao passional e quilométrico "... E o
Vento Levou", grandioso painel da turbulenta relação amorosa entre os
temperamentais personagens vividos por Vivien Leigh e Clark Gable.
A seleção de Charlotte Garson abrange filmes considerados de vanguarda, a exemplo de "Hiroshima Mon Amour", de Alain Resnais, sobre um relacionamento aparentemente impossível que floresce no trágico cenário da cidade destruída pela bomba atômica, e até mesmo uma comédia desbragada como "O Professor Aloprado", inspirada no livro "O Médico e o Monstro", de Robert Louis Stevenson. Foi o melhor desempenho do comediante Jerry Lewis na tela e seu amor por Stella Stevens consegue superar o tom da comicidade, emocionando os espectadores, ao som de belas canções como "Stella by Starlight" e "That Old Black Magic".
Os musicais marcam presença com "West Side Story", de Robert Wise, que transporta a tragédia shakespeareana de "Romeu e Julieta" para uma área pobre de Manhattan, em Nova York, onde gangues de jovens se enfrentam e se matam, tal como ocorre nos dias atuais. Natalie Wood, cujo até hoje inexplicável afogamento, na vida real, ainda desperta suspeitas de assassinato, faz a latina Maria, apaixonada por um jovem do grupo rival.
O pesado drama de "Um Lugar ao Sol", de George Stevens, retratando a ambição de um belo rapaz (Montgomery Clift), capaz de eliminar a namorada pobre e grávida (Shelley Winters) para poder casar com uma moça rica (Elizabeth Taylor, deslumbrante aos 19 anos de idade), também consta da lista, ao lado de "Luzes da Cidade", obra irretocável sobre o amor de um maltrapilho vagabundo (Charles Chaplin) por uma bela vendedora de flores cega (Virginia Cherrill). E outros considerados "água com açúcar", com maravilhosas histórias de amor que embalam até hoje muitas gerações, tais como como, Love Story, Doutor Jivago, Girassois da Rússia dentre outros.
Também é surpreendente a presença do "Homem-Aranha", de Sam Raimi, entre as grandes histórias de amor da tela, mas não se pode negar a empatia causada no público pela afeição oculta do tímido Peter Parker por sua vizinha Mary Jane, que desconhece ser amada por um super-herói de extraordinários poderes.
Na categoria "suspense", torna-se indiscutível a inclusão do filme "Interlúdio", do mestre Alfred Hitchcock. O diretor conseguiu driblar a rígida censura da época, que proibia beijos de boca com mais de oito segundos de duração, interrompendo, através de sutis artifícios, o ardente e longo beijo trocado entre Ingrid Bergman e Cary Grant, numa das cenas de mais intensa sensualidade da história do cinema.
Fonte: De Olho na Tela
A seleção de Charlotte Garson abrange filmes considerados de vanguarda, a exemplo de "Hiroshima Mon Amour", de Alain Resnais, sobre um relacionamento aparentemente impossível que floresce no trágico cenário da cidade destruída pela bomba atômica, e até mesmo uma comédia desbragada como "O Professor Aloprado", inspirada no livro "O Médico e o Monstro", de Robert Louis Stevenson. Foi o melhor desempenho do comediante Jerry Lewis na tela e seu amor por Stella Stevens consegue superar o tom da comicidade, emocionando os espectadores, ao som de belas canções como "Stella by Starlight" e "That Old Black Magic".
Os musicais marcam presença com "West Side Story", de Robert Wise, que transporta a tragédia shakespeareana de "Romeu e Julieta" para uma área pobre de Manhattan, em Nova York, onde gangues de jovens se enfrentam e se matam, tal como ocorre nos dias atuais. Natalie Wood, cujo até hoje inexplicável afogamento, na vida real, ainda desperta suspeitas de assassinato, faz a latina Maria, apaixonada por um jovem do grupo rival.
O pesado drama de "Um Lugar ao Sol", de George Stevens, retratando a ambição de um belo rapaz (Montgomery Clift), capaz de eliminar a namorada pobre e grávida (Shelley Winters) para poder casar com uma moça rica (Elizabeth Taylor, deslumbrante aos 19 anos de idade), também consta da lista, ao lado de "Luzes da Cidade", obra irretocável sobre o amor de um maltrapilho vagabundo (Charles Chaplin) por uma bela vendedora de flores cega (Virginia Cherrill). E outros considerados "água com açúcar", com maravilhosas histórias de amor que embalam até hoje muitas gerações, tais como como, Love Story, Doutor Jivago, Girassois da Rússia dentre outros.
Também é surpreendente a presença do "Homem-Aranha", de Sam Raimi, entre as grandes histórias de amor da tela, mas não se pode negar a empatia causada no público pela afeição oculta do tímido Peter Parker por sua vizinha Mary Jane, que desconhece ser amada por um super-herói de extraordinários poderes.
Na categoria "suspense", torna-se indiscutível a inclusão do filme "Interlúdio", do mestre Alfred Hitchcock. O diretor conseguiu driblar a rígida censura da época, que proibia beijos de boca com mais de oito segundos de duração, interrompendo, através de sutis artifícios, o ardente e longo beijo trocado entre Ingrid Bergman e Cary Grant, numa das cenas de mais intensa sensualidade da história do cinema.
Fonte: De Olho na Tela
Parabéns ao blog, único veículo de comunicação do Município que traz, diariamente, notícias atualizadas.
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