quinta-feira, 17 de abril de 2014

CÃES LEVAM QUALIDADE DE VIDA ÀS CRIANÇAS INTERNADAS NO BARÃO DE LUCENA


"Cãoelhos" invadiram a festa de Páscoa das crianças internadas na pediatria do Hospital Barão de Lucena (HBL), localizado na Iputinga, Zona Oeste do Recife. Caracterizados de coelhinho e levando ovos de chocolate, os Cães Doutores fizeram uma verdadeira cachorrada - no bom sentido - com a criançada, nesta terça-feira (15). Internada na unidade de saúde há oito dias por causa de uma pneumonia, a pequena Sara, de dois anos, ficou apaixonada pelos cachorros. "No começo, ela até ficou com um pouquinho de medo, mas depois adorou. Não queria mais soltar os bichinhos", contou a mãe da menina, Patrícia Gabriele.
Apesar de ser a primeira vez que Sara e sua mãe viram os animais na unidade de saúde, a presença dos Cães Doutores faz parte da vida dos pacientes da pediatria do HBL há oito anos. Desde 2006, a terapia com cães ou Cinoterapia vem sendo praticada no hospital recifense. Quinzenalmente, às quintas-feiras, o projeto leva pelo menos quatro cães para interagir com as crianças internadas e realizar um trabalho ocupacional. "Atualmente temos um grupo com cerca de dez cachorros treinados para serem cães doutores, que são revezados a cada vinda. Essa divisão acontece até mesmo porque é um serviço voluntário; não dá para os donos deles sempre trazerem os animais", explicou a coordenadora do projeto e terapeuta ocupacional, Andréa Souza.

Entre os pacientes beneficiados com o projeto, que é uma parceria da Secretaria de Saúde de Pernambuco e o Kennel Club no Estado, estão Vitória Naome, de 2 anos, portadora da síndrome de Down, e Jonatas Artur, 4 anos, diagnosticado com autismo. A menina que não andava ou falava passou a se expressar muito melhor e dar seus primeiros passos após as interações com o cão Bruce, um golden retriever de cinco anos. O garoto que não se relacionava com as pessoas, principal característica do autismo, já brinca com as demais crianças e com os animais como se não tivesse qualquer distúrbio psicológico.

"Foi amor à primeira vista. Como ela passou muito tempo na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), ela não teve contato com nada, nem ninguém. Tinha dificuldade de andar, de falar e de pegar nas coisas. Mas, depois de conviver com os cães, ela interagiu bem", contou a mãe de Vitória, Fabiana Dias da Silva, que sempre leva a menina para encontrar com os amigos de quatro patas quando há atividade no hospital. Os avanços de Vitória após quase um ano de início da cinoterapia foram tão expressivos que a menina ganhou um labrador. "Ela começou a terapia em junho do ano passado. Hoje ela ganhou um cachorro porque nós entendemos que é o melhor para ela", ressaltou Fabiana.

Já no caso do pequeno Jonatas, o autismo sempre foi uma barreira para que ele fizesse amigos ou interagisse com as outras pessoas. No entanto, desde o ano passado, quando começou a brincar com os Cães Doutores, o menino já mostra a quebra de barreiras como o toque. Entre puxões de orelha e e rabo dos cachorros, o pequenininho pega os médicos e voluntários pelo braço e pede ajuda para "fazer cavalinho" nos amigos peludos.

"Já faz três anos que ele (Jonatas) vinha pro Barão de Lucena para o acompanhamento psicológico e há um ano que ele brinca com os cachorros. Hoje mesmo, ele estava chorando muito logo cedo, mas, quando ele viu os Cães Doutores. tudo parou e ele foi encontrar com eles", lembrou Josiano de Castro, pai do menino. 
 Fonte: NE 10PE 

3 comentários:

  1. Acho que tudo é válido para se fazer uma criança feliz.

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  2. Coisa mais linda e digna de aplausos, essa atitude cidadã.

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  3. Fico sensibilizada com essa ação beneficente. Que essa campanha seja levada a outros lugares.

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