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| Ex - lateral da Seleção Brasileira - Marinho Chagas |
O ex-jogador Marinho Chagas faleceu na madrugada deste domingo em João Pessoa, na Paraíba, aos 62 anos. O ex-lateral da Seleção Brasileira não resistiu a uma hemorragia digestiva que o fez ser internado às pressas na tarde de sábado, após passar mal durante um evento relacionado à Copa do Mundo na capital paraibana.
Marinho estava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual de Emergência e Trauma e respirava com a ajuda de aparelhos. Natural de Natal, no Rio Grande do Norte, o ex-jogador estava em João Pessoa para participar de um evento de colecionadores de álbuns de figurinhas.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou uma nota lamentando o falecimento do ex-jogador. “O presidente da CBF José Maria Marin lamenta a morte daquele que foi um grande jogador, a quem admirava pelas atuações na Seleção Brasileira e manifesta os pêsames à família. Assim como ocorrerá pela morte do jornalista Maurício Torres, será observado um minuto de silêncio nos jogos deste domingo do Campeonato Brasileiro”, publicou a entidade.

Um dos maiores nomes do futebol potiguar, Marinho Chagas foi eleito o melhor lateral esquerdo da Copa do Mundo de 1974, vencida pela Alemanha. De características ofensivas, o ex-jogador marcou época na Seleção Brasileira de futebol.
Iniciou a carreira no modesto Riachuelo, do Sergipe, em 1967, e logo despertou o interesse do ABC de Natal. Se mudou par ao Náutico em 1970, onde conseguiu maior projeção e acabou sendo negociado ao Botafogo, clube onde obteve maior sucesso, permanecendo em General Severiano entre 1972 e 1976.
Em 1977, acertou sua mudança para o rival Fluminense, mas só ficou durante um ano, se mudando em seguida para os Estados Unidos, onde defendeu o New York Cosmos e o Fort Lauderdale Strikes. Retornou ao Brasil em 1981, atuando pelo São Paulo. Passou ainda por Bangu, Fortaleza, América-RN, LA Heat-EUA e Augsburg-ALE antes de encerrar a carreira em 1988.
Relembre a trajetória do jogador
Para quem acompanhou o futebol ainda romântico e total dos anos 1970 ao vivo, em vídeos ou até pelo Canal 100, a imagem era clássica. Inesquecível. Bola pelo lado esquerdo. Seja na seleção brasileira, onde foi o craque da Copa de 1974.
Marinho Chagas nasceu em Natal, capital do Rio Grande do Norte, em 1952. Começou a jogar futebol pelo ABC, onde foi campeão potiguar de 1970, e ao longo da carreira também registrou uma passagem pelo arquirrival América-RN. É idolatrado em sua terra natal e um mês antes de sua morte foi homenageado com uma estátua de sete metros de altura, feita em sua homenagem pelo artista plástico Guaraci Gabriel. Antes, em fevereiro, já tinha sido homenageado com uma marchinha de carnaval, ao ser homenageado pelo bloco Jegue Empacado.
Apesar de toda a fama que tem em sua terra, Marinho brilhou mesmo foi no Rio de Janeiro, onde foi ídolo pelo Botafogo. Lateral-esquerdo tal qual Nilton Santos, ele foi o dono da posição no Glorioso entre 1972 e 1977. E muito por isso considerado o sucessor da Enciclopédia do Futebol.
Figurar entre os melhores jogadores da história do Botafogo é uma honra enorme, pois este foi o único clube em que o meu maior ídolo jogou. Ele também se orgulhava de sua estreia pelo Botafogo, justamente contra o Santos de Pelé. E dizia que logo no primeiro lance roubou a bola do Pelé e deu um lençol nele. No seguinte, tocou entre as pernas do Rei.
Jogou a Copa do Mundo de 1974, na Alemanha, em que o Brasil terminou na quarta colocação, após perder da Holanda na disputa por uma vaga na final e da Polônia na decisão de 3º lugar. Mas mesmo com a eliminação, Marinho Chagas acabou sendo eleito o melhor lateral-esquerdo daquele Mundial.
Quando deixou o Alvinegro, em 1977, se transferiu para o Fluminense, onde jogou por uma temporada. Mas, curiosamente, não ganhou nenhum título de destaque por equipes cariocas.
O potiguar ainda teve a honra de jogar ao lado de Pelé de Carlos Alberto Torres, quando ele foi jogar no Cosmos dos Estados Unidos. No país, ainda jogou no Strikers.Quando voltou ao Brasil, foi para vestir a camisa do São Paulo. Brilhou na equipe paulista e conquistou em 1981 o título estadual pelo Tricolor. Antes de se aposentar, ainda jogou por Bangu, Fortaleza e Augsburg, da Alemanha.
No ano passado, chegou a passar 10 dias internado na UTI de um hospital de Natal, entre a vida e a morte, justamente por causa de uma hemorragia digestiva. Na época, ele prometeu parar de beber para estar vivo na Copa do Mundo do Brasil, que começa daqui a 11 dias.
Ao longo desta última semana, contudo, estava bem. Nos dias que antecederam o evento, deu entrevistas, falou sobre Copa do Mundo e sobre o Botafogo, seu clube do coração.Globo Esporte


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