sexta-feira, 18 de julho de 2014

ARIANO SUASSUNA APRESENTA AULA-ESPETÁCULO "TRIBUTO A CAPIBA" NO FIG

 
O 24º Festival de Inverno de Garanhuns vai receber uma ilustre visita no seu primeiro fim de semana. Com os artistas que fazem parte do imaginário “Circo da Onça Malhada”, o escritor Ariano Suassuna chega ao FIG, no dia 18 (sexta-feira), às 19h, para apresentar, pela primeira vez em Garanhuns,  a aula-espetáculo “Tributo a Capiba”, repleta de surpresas e improvisos, numa mistura de poesia, música, dança – além do riso natural do circo, sua grande paixão. O “mote” da aula-espetáculo é render uma homenagem a um dos maiores compositores de Pernambuco, Lourenço Barbosa da Fonseca, o “Capiba”, resgatando obras não muito conhecidas do público.
Fazendo o papel de mestre de cerimônia, acompanhado de músicos, bailarinos e cantores do “Grupo Arraial”, Ariano detalhará a origem de cada música, relembrando os poetas que inspiraram composições de Capiba e fará uma grande caminhada em torno da cultura brasileira. Nos momentos de maior emoção, ele recitará poemas inteiros de memória, como “Tu que me deste o teu cuidado”, uma seresta criada a partir de um poema de Manuel Bandeira, cantada por Isaar França, ou “Sino, claro sino”, de Carlos Pena Filho, exibida, em dueto, por Isaar e Ednaldo Cosmo de Santana.
Conhecido pelos frevos que são cantados e tocados a cada Carnaval, Capiba teve uma vasta produção envolvendo valsas, choros, maracatus, entre outras. De todo o repertório do espetáculo, apenas uma é um frevo: “Tributo a João Pernambuco”.
Amizade antigaAriano conheceu Capiba quando tinha pouco mais de nove anos, ainda em Taperoá, na Paraíba, graças a seus dois irmãos mais velhos, Saulo e João Suassuna. Os rapazes paraibanos moravam em uma pensão, no Recife, onde o jovem compositor também vivia. Saulo, João e Capiba criaram então o grupo musical: “Bando Acadêmico do Recife”. Numa das apresentações, Ariano escutou uma composição, composta a partir da poesia de Jorge de Lima, musicada por Capiba. Foi o seu primeiro contato com a poesia moderna.
Quando veio morar no Recife, Ariano e Capiba tornaram-se grandes amigos, amizade que resultou em mútuas influências e também em parcerias, como nas músicas “São os do Norte que vêm” e “Cantiga de Jesuíno”, ambas de 1967. Impressionado com a musicalidade do compositor – capaz de percorrer, com maestria, os diversos gêneros musicais – Ariano, aos 24 anos, escreveu um ensaio sobre a obra de Capiba, de quem se tornaria um grande amigo (e também compadre), até a morte do músico, em 1997, aos 93 anos.
ResgateO trabalho de resgate das partituras e letras coube a Antônio Madureira, diretor musical do espetáculo, compositor como Capiba, violonista e integrante do grupo Arraial. Madureira fez uma intensa pesquisa junto ao acervo da Fonoteca da Fundação Joaquim Nabuco. A bailarina Maria Paula Costa Rêgo, responsável pelas coreografias, diz que optou por uma linguagem em que o fio condutor são as danças populares, buscando “o corpo e a dança” de cada um dos bailarinos do Arraial.
ServiçoAula-Espetáculo “Tributo a Capiba”, com Ariano Suassuna e Grupo Arraial
18 de julho (sexta), às 19h
Teatro Luiz Souto Dourado (Garanhuns/PE)
 
Fonte: pt-br.facebook.com/fig.oficial

Um comentário:

  1. Sávio José Alencar18 de julho de 2014 às 16:03

    Ariano Suassuna, grande figura intelectual natural do Estado da Paraíba, que muito bem representa o Estado de Pernambuco.

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