segunda-feira, 25 de agosto de 2014

ABDELMASSIH CONTAVA COM REDE DE PROTEÇÃO

 TVs expõem rede de amigos que ajudou Abdelmassih

SÃO PAULO - Investigações da Polícia Federal e do Ministério Público apontam que um dos suspeitos de enviar dinheiro ao ex-médico Roger Abdelmassih, preso no Paraguai na semana passada, é Ruy Marco Antonio, ex-dono do Hospital São Luís, em São Paulo. Ele teria participado de um esquema de rede de proteção e envio de recursos para sustentar o ex-médico e a mulher, Larissa Sacco, além de um casal de gêmeos, de 3 anos. As informações foram divulgadas neste domingo pelo programa Fantástico, da Rede Globo, que não conseguiu contato com Antonio.

A investigação aponta que ele era amigo de Abdelmassih e entregava dinheiro vivo a Sérgio Molina Júnior, administrador da empresa Agropecuária Colamar, que tem como um dos proprietários a mulher do preso. Os investigadores acreditam que Molina Júnior depositava dinheiro na empresa agropecuária e outro amigo de confiança do ex-médico, Dimas Campelo Maria, era o responsável por sacar o dinheiro e levar até Foz do Iguaçu. O Ministério Público afirma que ele foi nove vezes até a fronteira do Paraguai entre março do ano passado e maio de 2014. Há suspeita de que tenha se encontrado pessoalmente com Abdelmassih.

Ele negou as acusações. Os outros envolvidos na denúncia não foram encontrados, tampouco a Agropecuária Colamar.

Remédios. Já uma reportagem do Domingo Espetacular, da TV Record, revelou a participação de Dimas Campelo Maria como secretário do ex-médico e administrador da Colamar. Ele cuidaria de uma empresa de fachada de Abdelmassih, em Jaboticabal, no interior de São Paulo, que foi passada para o nome de Elaine Sacco Khouri, irmã de Larissa Sacco. Seria Maria quem levava dinheiro, remédios e outros itens para o ex-médico no Paraguai.

Ainda segundo o Domingo Espetacular, que citou as investigações do Ministério Público, quatro pessoas tinham celulares para que o ex-médico pudesse ligar quando quisesse: Maria, irmã do preso; o secretário Dimas; um administrador da fazenda da família em Avaré; e um psiquiatra, que atenderia o foragido por telefone.

ABDELMASSIH FOI CONDENADO POR TROCA DE SÊMEN FEITA EM 1994

Ex-dono de hospital ajudou Abdelmassih

 Um mês antes de sua condenação por estupro, tentativa de estupro ou atentado ao pudor contra 37 mulheres, o ex-médico Roger Abdelmassih foi condenado pela Justiça a pagar indenização de R$ 500 mil a um casal de irmãos, por eles terem sido gerados por sêmen que não era do pai que os criou.

O processo, divulgado nesta sexta pelo jornal Folha de S.Paulo, refere-se a um tratamento médico ocorrido em 1994, quando um casal procurou a clínica de Abdelmassih, nos Jardins, zona sul da capital, para conseguir ter filhos. A mulher do casal deu à luz gêmeos. Mais tarde, os filhos descobriram que eram filhos biológicos da mãe, mas não do pai, e decidiram processar a clínica. A identidade do pai biológico ainda é desconhecida. O processo contra Abdelmassih correu em segredo de Justiça.

O casal de irmãos entrou com a ação em 2010 e pedia R$ 4 milhões em indenização. A Justiça concedeu R$ 250 mil para cada um dos irmãos. A reportagem deixou recados no escritório do advogado Flávio Yarshell, que defendeu Abdelmassih nesse processo, mas ele não retornou para comentar o caso.

Manipulação. O médico é alvo de mais ações pedindo indenização por atuações parecidas. Há quatro inquéritos na Polícia Civil investigando acusações de manipulação genética praticadas pelo médico - a suspeita é de que ele comercializava óvulos e sêmen de seus clientes sem autorização, além de usar material de terceiros para aumentar o índice de fertilização de sua clínica.

Uma das vítimas do médico, a artista plástica Silvia Franco afirma que óvulos dela foram coletados pelo médico e terminaram inseridos em outras mulheres - sem consentimento nem dela nem das demais pacientes.

Além da condenação que resultou na pena que está sendo cumprida agora, de 278 anos, Abdelmassih deve ser denunciado à Justiça por outros 26 casos de estupro, que fazem parte de inquéritos reunidos na 1.ª Delegacia de Defesa da Mulher. A pena do médico, decidida em julgamento de 2010, ainda pode ser revista, porque tanto o Ministério Público Estadual quanto o advogado dele entraram com recursos contra a sentença, que ainda serão apreciados pelo Tribunal de Justiça.

2 comentários:

  1. NUNCA VI UM PAÍS GOSTAR TANTO DE ACOBERTAR CORRUPTOS COMO BRASIL.MEU DEUS !!

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  2. Carlos Alberto Silva27 de agosto de 2014 às 14:10

    CANA NESTE VAGABUNDO DE BOBO ELE NÃO TEM NADA SOLTA ELE PARA OS CARAS PARA ELE VIRAR MOÇA

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