AO AMIGO ASSIS TEMÓTEO - POR ROGÉRIO MOTA

Tínhamos uma amizade de muito respeito, de muita admiração e eram muitos os tempos que passávamos sem nos ver. Agora, todas as vezes que eu estava em Triunfo, tinha sempre o prazer de lhe ver amigo. Nossas famílias, todos eles, por você teve e sempre terão boas recordações de, sempre sermos muito bem recebidos na sua casa a famosa “Casa das Almas” em que você neste contexto acreditava o porquê o nome “alma”. Você nos contava muitas histórias que eu confesso: ficava meio desconfiado se era ou não, assim, tão verdadeiros os seus contos sobre as existências das “almas andantes”. Valia a pena escutar, pois você colocava cores e efeitos especiais nas suas histórias meu amigo Assis.

Falar dos almoços, eu fico com água na boca de tantas e tantas comidas gostosas que eram nos oferecidos e, sem falar nos bons vinhos que você também nos brindava. Nas Festas dos Estudantes de Triunfo amigo Assis lembra-me de você participando com mais intensidade quando era o Circuito do Frio. Com boas atrações, muitas opções de comidas e, aquele nosso caldinho verde que apreciávamos. Eram festas que realmente valia participar até as madrugadas chegar. 

Tinha além do que ver e ouvir, os bons amigos e velhos conterrâneos que a gente encontrava para colocar as nossas conversas em dia. Assis, você era elegante nos seus trajes de frio, cordial nos cumprimentos com as pessoas e simples apesar de sua posição social e profissional de juiz de direito. Você com a sua modéstia simplicidade era admirado por todos os seus amigos. Nossos últimos contatos foram em forma de tristeza. Sabia que a sua saúde estava muito fragilizada e quando pela primeira vez você esteve no Recife, ficou internado no hospital Português, fui lhe visitar e daquele dia em diante só pedia a Deus que seu sofrimento não fosse destruir o seu caráter. Coisa que realmente não aconteceu meu amigo. 

Em outra ocasião, fazendo-lhe uma visita você doente e assim mesmo, me mostrou a
construção do seu castelo. Sua bela pousada que estava ficando linda e creio que ficará. Prova de sua persistência em não querer ir, sair dos nossos convívios.

A morte é a certeza que temos em mente, ninguém escapa dela, um dia ela chega e, vamos embora. Você escolheu sua moradia eterna, escolheu o local, preparou o seu próprio tumulo, coisas que poucos têm este privilégio. Sua partida foi para todos nós antecipada demais, mas, apesar da saudade que vamos sentir, sabemos que estais bem, estais descansando.

Até mais meu amigo Assis Timóteo.

Seu amigo e conterrâneo,

Rogério Mota Albuquerque