Por sorte ou por castigo sempre aparece um barnabé, uma amante ou ex-esposa, um motorista, um jardineiro, um parente ou aliado enciumado para interromper a lógica da devassidão e da torpeza que alguns políticos têm o hábito de cultivar. Somente nessas ocasiões o jogo se inverte em favor da sociedade.
Foi assim com o Collor de Mello que, um irmão, um motorista e uma Elba fizeram ruir um castelo de poder em efeito dominó afastando, pelo menos temporariamente, alguns elementos nocivos da proximidade do Poder. Pouco importa se, pela constante inconsciência do eleitor ou por renomeações desavergonhadas, alguns voltaram aos gabinetes do Congresso. Ficou a semente de alguma lição.
Foi também assim que um caseiro/jardineiro, ao produzir sua justa denúncia, brecou a evolução criminosa e conspiratória de um grupo instalado na chamada Casa do Lobby (que, por si só, se define), implodindo a República de Ribeirão Preto. Atualmente, o caseiro/jardineiro que deveria ser reverenciado, vive à margem da sociedade sobrevivendo de bicos. Novamente, pouco importa se alguns dos conspiradores também retornaram a postos públicos. A semente haverá de germinar.
Também o então deputado Roberto Jeferson imolou o mandato e a carreira própria e de outros tantos quando botou mensalão no ar, e deu no que deu.E foi também com o ex-deputado e agora presidiário Valdemar Costa Neto, cuja ex-mulher detonou as suas malas de dinheiros de origem não esclarecida.
No momento, uma contadora desconhecida e de inocência duvidosa expõe as vísceras das relações do doleiro Youssef com uma parcela ainda não inteiramente revelada de parlamentares, deixando-os em polvorosa e rezando contritas promessas a todos os santos para que o assunto não evolua. Acho bom que Meire Poza tenha segurança pessoal redobrada.
Mas, pior que isso será a possível delação premiada que o ex-diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, parece estar negociando com o Ministério Público com vista a redução de suas inevitáveis penas. O ex-executivo já declarou em certo momento que, se “falar o que sabe, não haverá eleições.” Será?
Por tudo o que se noticia parece incontestável a existência de profundos malfeitos na antes intocável Petrobrás, sendo aparentemente certo que as erronias transitaram pela cadeira do possível delator. Os envolvimentos se afiguram tamanhos que, por medo ou instinto de preservação de outrem, a vida desse moço não está valendo um níquel furado, igual a da Meire Poza.
Só tenho pena da Petrobrás e o do Brasil. Mas, precatai-vos, senhores políticos, que o jogo pode estar virando.
Quem sou eu? De onde venho? Para onde vou? Essas perguntas angustiam o ser humano desde sempre? Muda Brasil!!!!
ResponderExcluirSou fiel acompanhante das sempre atualizadas postagens do senhor Luiz Saul Pereira sobre o quadro político nacional geral, a maioria revestida de tiradas divertidas.
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