Longe
do radicalismo de certos políticos, Eduardo era um sujeito
conciliador e que procurava agregar forças. Apesar de socialista,
provavelmente ele sabia que, se fosse adotada uma política sufocante
à iniciativa privada, o país terminaria como Cuba ou como a
Venezuela. Afinal de contas, o capital não tem pátria; migra
facilmente para aonde há melhores condições de lucro. Assim, os
empreendedores, saindo do Brasil, iriam investir o seu capital em
países mais atrativos. Aí, meu amigo, num primeiro momento,
perceberíamos logo uma redução no crescimento econômico,
inflação, desemprego. Depois o país entraria inevitavelmente em
recessão.
Economista
e, por certo, ciente de tais possibilidades, o ex-governador de
Pernambuco talvez tivesse os seus ideais socialistas restritos aos
seguintes pilares: Educação, Saúde, Segurança, Transporte e
Infraestrutura. Portanto, é provável que, vislumbrando um futuro
caótico para o Brasil, afastou-se do PT e parecia também dar sinais
de que discordava do projeto bolivariano do Foro de São Paulo. Será
que minhas suposições estão corretas?
Mas
aqui cabe um parêntese: o Foro de São Paulo, para quem ainda não
sabe, assemelha-se a uma espécie de Estado-Maior que define as
estratégias da esquerda a longo prazo. O seu principal objetivo é
implantar governos socialistas na América Latina. Quem tiver a
curiosidade de saber mais sobre o assunto, sugiro acessar a internet
e dar uma lida no artigo “Conheça o Foro de São Paulo, o maior
inimigo do Brasil”, do jornalista Felipe Moura Brasil.
Pois
bem, depois da saída de Campos da disputa presidencial, as últimas
pesquisas apontam Marina e Dilma se enfrentando no segundo turno.
Ora, aí está, a meu ver, o grande beneficiado disso tudo: O FORO DE
SÃO PAULO. Para o Foro, não poderia haver melhor cenário político,
pois tanto o PT quanto o PSB são seus signatários, não importando
quem fique no poder, desde que dê continuidade aos seus projetos.
O
candidato tucano, Aécio Neves, bem que poderia aproveitar a
oportunidade e desmascarar o Foro de São Paulo, mostrando aos
brasileiros claramente as intenções dessa organização. Mas não o
faz. Parece deixar a tarefa para o pastor Everaldo ou para o
candidato do PRTB, Levy Fidelix. Não acredito que os assessores do
PSDB ainda não perceberam que podem virar o jogo, antes que levem de
vez um xeque-mate. Será que não viram o lance salvador na diagonal
do bispo?!
Em
que pese a inércia tucana, e seja lá como for, resta ainda a
esperança de que Marina, vencendo as eleições, não seja
admiradora de ditadores e da Revolução Cubana (como parece ser, por
exemplo, alguns ex-terroristas do regime militar) e de que, tendo
como parâmetro a Venezuela e a Argentina, não continue com esse
sonho retrógrado de transformar o Brasil em uma ditadura do
proletariado.
Ednaldo
Bezerra é estudante de Licenciatura em Letras da UFPE
Acho que o povo brasileiro por inteiro que terá oportunidade de eleger a futura presidente Marina Silva.
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