sexta-feira, 24 de outubro de 2014

NOS PROXIMOS DIAS VAI SER "UM DEUS NOS ACUDISMO SEM FIM" - POR LUIZ SAUL

 
 
Próxima semana, algumas coisas continuarão iguais e outras nem tanto.
Imaginem, por exemplo, se a Dilma ganhar e o Henrique Eduardo Alves (PMDB), presidente da Câmara, perder a eleição para governador do Rio Grande do Norte, sabendo-se que o Lula fez campanha para o candidato contrário em terras potiguares, Robinson Farias (PSD). A hipótese encaminha-se para acontecer.

Em um país em que os homens públicos se comportam como se o bem público privadamente lhes pertencesse, a vin
gança virá a galope, com o ainda Presidente Henrique instituindo uma pauta de decisões cem por cento contrária aos interesses do atual governo. Tudo o que a tal da Dilma abominar, inclusive as profundezas mais perigosas da Petrobrás, estará no centro das atenções como cartaz principal, é só esperar. 

Nos primeiros momentos, quando o Henrique meio que nadava de braçada no otimismo e no favoritismo, a questão não se apresentava como arriscosa. Depois, não se sabe se por conta do vídeo gravado pelo Barba, ou se por outro tipo de desencanto, o candidato foi sendo pulverizado aos poucos até se transformar em cavalo paraguaio. É o que consta.
 
Daí que já está assestando as baterias, ainda sem anúncio de vendeta, mas já apontando o dedão para o Doutor Lula como o culpado por um eventual fracasso, uma vez que quase nunca os fracassados apontam para a própria incompetência. 

Nessa linha de possível fustigação da “aliada” petista nos dois ou três meses que lhe resta no comando da Câmara Federal, fará tantas vítimas quanto puder, inclusive, por exemplo, o ainda deputado André Vargas, cujo processo de cassação vem aos poucos caminhando para o arquivamento em fevereiro, por “falta de tempo e de quórum” e certamente de pudor. Todos os esqueletos serão retirados do armário.

O pior é que nesta altura não dará mais para “negociar” emendas de apoio. Os convencimentos terão que girar em torno de inteligências argumentativas, mesmo se sabendo que uma das partes não consegue conciliar uma frase com começo, meio e fim.
Vai ser um deus nos acudismos sem fim.
 
Por: Luiz Saul Pereira

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