sexta-feira, 13 de novembro de 2015

É MESMO A LEI DA MORDAÇA - POR LUIZ SAUL



Ao que se indica, parece que a gestão Joaquim Levy está mesmo no fim, como a consolidar nova intervenção do Lula para designar o seu preferido Henrique Meireles para a pasta da Fazenda. Nem se deu conta o Barba de que, no momento e diante das circunstâncias, o pensamento do Meireles é em alguns aspectos semelhante ao do Levy em relação à economia do Brasil, com pequenas variações, a começar pela exigência de autonomia.

A fulanização do ocupante da Fazenda patrocinada pelo Lula está longe de determinar a superação da crise instituída e herdada pela dilma. Não tem criador e criatura. O cerne de tudo é a madama como começo, meio e fim. 

Em qualquer situação, e apesar da rejeição visceral da dilma ao Meireles, receberá mais uma vez o recado de enfiar a sua viola no saco. Há muito venho defendendo que a madama é apenas a diretora social do país, ainda que lhe reste a caneta. Mas, lhe tomaram a régua e o compasso.

Mas, mesmo assim continua provocando estragos com a tal caneta, como se verificou na sanção da temerária Lei do Direito de Resposta, que mais cedo ou mais tarde se transformará na Lei da Mordaça. É só esperar.

Além disso, sob a sua égide, e no desespero de reencher os cofres que a sua imprevidência esvaziou, logrou a aprovação no Congresso da chamada repatriação de dinheiros irregulares secretamente depositados no Exterior. Confirmando-se, resultará estabelecido o perdão de crimes capitulados em todos os códigos de repressão aos delitos financeiros como evasão de divisas e sonegação.

Aliás, estendendo o raciocínio, pode ser que não impeça que produtos de outros crimes, como, por exemplo, desvios de estatais, sejam transferidos de criminosos comuns para “inocentes” sonegadores, ainda nos paraísos fiscais, para serem branqueados e retornados à Pátria Desmoralizada.

Em meio a tudo isso, o que efetivamente chama a atenção de todos é a sem cerimônia com que o Lula retomou de forma tão descarada o poder no Brasil, com o aplauso esganiçado dos asseclas do PT, que já foi um partido. Os próximos movimentos consistirão na moldagem definitiva do novo perfil do Planalto e das suas relações com os demais Poderes.

Como não acredita em relações civilizadas, determinou a publicação de uma “cartilha” logo assumida pelo PT, em que determina novos comportamentos de críticas ao Levy, ao juiz Sérgio Moro e à Operação Lava Jato, e, portanto, ao Ministério Público e à Polícia Federal.

Nessa reformulação, poderá ser inexorável o afastamento do Eduardo Cardozo, um ministro que ocupa uma das principais pastas, mas que está apequenado pela própria tibieza, mas principalmente pelas críticas da calhorda que não o perdoa por deixar a PF atuar livremente. 

Restará avaliar se o Bhrama conseguirá restabelecer o antigo status das relações dos Poderes, quando o Executivo estabeleceu profunda submissão (principalmente do Legislativo) às suas vontades nem sempre republicanas.

É que nesse meio tempo a Câmara dos Deputados do quase ex-presidente Eduardo Cunha experimentou um raro sentimento de liberdade e de independência, em um tipo de moda que pode haver pegado. Assim, a reformulação haverá de perseguir a escolha de um presidente da Câmara “das antigas”, pois não?
Ave, espinhoso mandacaru! Eu te saúdo!



Por: Luiz Saul Pereira
 direto da sucursal de Serra Talhada PE - Vale do Pajeu
        

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