quinta-feira, 22 de setembro de 2016

MENOS TEMER, MENOS... POR LUIZ SAUL



Tendo medo, já basta!
Vai que o Lula, sentindo-se entusiasmado em um palanque cearense, lá no Crato, tascou que “eles” têm medo de sua volta à Presidência da República. Pura verdade! Pelo menos a parte esclarecida da sociedade já enganada tem medo, mais que isso, tem pânico de uma eventual nova investidura do Barba no cargo. 

Mas, também acreditando no adágio inicial, e por medo da repetição de manobras do tipo Golpe da Madrugada recentemente frustrado, a Comissão constituída para analisar a proposta do Ministério Público com o título de 10 Medidas Contra a Corrupção optou por refinar a observação dos fatos e dos movimentos políticos da Esplanada, especialmente no que respeita ao Caixa Dois.

Por isso mesmo, segundo as palavras do deputado Onyx Lorenzoini, relator da matéria, a Comissão realizará, no dia 10 de outubro, audiência pública para o debate exclusiva desse assunto, em ocasião que contará com a presença, dentre advogados de partidos políticos, acadêmicos, ex-ministros do TSE, também do vice-procurador-geral do TSE, Nicolao Dino, para uma discussão às claras, de forma transparente, sem gambiarras ou malandragens, em sua versão. 

O evento terá naturalmente a forma de mensagem àqueles que, na calada da noite, intentaram reverter a legalidade da forma vigente de criminalização do exercício dos recebimentos irregulares que foram, e ainda podem ser um tipo de práxis por aqui. Ademais, aborta no nascedouro qualquer outro pensamento de inclusão de jabutis ou de contrabando de medidas aleatórias e suspeitas, como aconteceu. Em meio a esses sinais de seriedade, outras vozes começam a emergir para contrapor iniciativas delinquentes, como foi o caso do deputado Mauro Pereira (PMDB-RS), o qual, comentando a tentativa do golpe, afirmou que "Ninguém mais vai fazer o que quer aqui nesta Casa. Ninguém mais vai passar a mão na nossa cabeça. Isso ficou claro." Isso significa também que não se utilizou do Caixa Dois. 

Precipitar a discussão do assunto e sobretudo propagandear o conteúdo das participações pode constituir o melhor antídoto contra a anteposição das absolvições ensaiadas nos cafundós dos bastidores. A mistura de “coincidências” da ocasião, com o Temer fora e Maia dentro, tudo às vésperas de um recesso branco, revelou o perfeito maquiavelismo sem autor declarado que pretendeu incorporar a totalidade dos parlamentares.

O próprio deputado Onyx, relator da questão, segundo suas declarações, chegou a ser abordado por emissário do magote no sentido de ser cooptado para a produção da maracutaia. Não deu certo, e o parlamentar sai engrandecido e cheio de votos para a reeleição em suas bases. Questão de oportunidade, ou de seriedade, ou de visão de futuro. Ou todas as opções acima. 

Em tese, a exposição da tentativa da tramoia tenderia a inibir novos movimentos da espécie, se não estivéssemos em um país onde o pudor político se encontra em falta tal qual os produtos de primeiras necessidades nos supermercados da Venezuela. 
Têm os tontos ou os falazes que, rejeitando essa percepção, acreditam em contos de fadas. Vejam, por exemplo, a declaração do Temer em Nova York:
"Temos hoje, no Brasil, uma estabilidade política extraordinária."
Menos, Temer, menos...


Por: Luiz Saul Pereira
        Brasília - DF

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