sexta-feira, 16 de setembro de 2016

SE PEGA A MODA DA PIROTECNIA E DOS IMPULSOS JUVENIS... SALVE-SE QUEM PUDER! - POR LUIZ SAUL




A coletiva instalada para a divulgar do conjunto de evidências de crimes atribuídos ao Lula, se, por um lado, teve o condão de sugerir a transformação de indícios em provas provadas e desvendar um conjunto de obras ilícitas, por outro, parece haver mergulhado os investigadores em torpor de estrelismo descabido. O tempo dirá, mas é quase certo que a atuação do Procurador Daltan Dalagnol empobreceu a denúncia e constrangeu o chefe, Rodrigo Janot. Imagine, distinta plateia, se pega a moda da pirotecnia e dos impulsos juvenis em todas as denúncias e indiciamentos. 


Em que pese fazer sentido o cenário proposto, a ocasião midiática certamente serviu também para alimentar a hipótese inventada para insuflar os argumentos de perseguição ao Bhrama, assim como o teatrinho do medo de sua eventual candidatura à Presidência da República no ano XVIII.

Ao que parece, o Ministério Público intentou reforçar o prestígio de sua atuação junto à sociedade como se fosse necessário robustecer a decadência que o próprio Lula já vem naturalmente confirmando a cada notícia de suas negociatas, da heterodoxa elevação patrimonial e da família, do embaralhar do público com o privado, e sobretudo do vício em relações suspeitas e perigosas, com a empáfia ostentativa de quem se considera imune às leis e ungido por alguma divindade que não é deste mundinho.

Ao revés, pode haver acionado o botão do pânico da ala bandida da classe política, a qual, pensando no efeito Orloff, e dispondo do relativo controle e da iniciativa da produção de leis, regimentos e demais regras, pode harmonizar os interesses para desarranjar o aparato investigativo e acusatório. 

Afora isso, a juntada das evidências – todas já do amplo conhecimento público – serviu nada mais do que organizar uma fotografia que, na falta de solidez de defesa, ensejou ao Lula e aos seguidores espernearem na debilidade de argumentos enganosos de auto convencimento de uma inocência distante e estéril. 

Espera-se, ainda assim, que o Ministério Público, a Polícia Federal e a Receita Federal, que compõem o aparelho investigativo possam reavaliar os procedimentos para, sem perderem a vitalidade, continuarem merecendo os aplausos e o respeito da sociedade sem a produção de novos micos. 

Apesar das ressalvas, La Maison est Tombé.


Por: Luiz Saul Pereira
        Brasília - DF

Um comentário:

  1. A denúncia foi feita. E para contextualizar, o procurador Dallagnol jogou toda a sujeira – que não foi novidade pra ninguém – no ventilador. Ele fez muito bem! Teve coragem. Quanto às provas, elas saltam aos olhos. Quem não consegue enxergá-las não passa num simples teste de lógica.
    Enfim, parabéns ao procurador Dallagnol, disse o que tinha que ser dito oficialmente. Quem sabe agora as coisas andem!

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