sexta-feira, 7 de julho de 2017

"ENQUANTO HOUVER BAMBU, HAVERÁ FLECHAS" - POR LUIZ SAUL


A frase de conteúdo provocativo e guerreiro enunciada à jornalista Renata Lo Prete, em um seminário em São Paulo, pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, embora haja produzido aplausos da plateia, pareceu dispensavelmente arrogante.

"Enquanto houver bambu, haverá flechas", seguida da informação de que manterá o controle da caneta e das ações do Ministério Público Federal até o último dia do mandato, melhor se conteria em outra postura da sobriedade exigível de portador de tão alta investidura. Tudo isso para dizer que está montando os próximos indiciamentos devidamente fatiados contra o Temer. Não precisava a fala, mas a ação.

Ao escolher, porém, hastear a flâmula do belicismo, na mesma forma como vem agindo o Governo Temer contra a sua cruzada de indiciamentos de malfeitores da República, o Procurador nivelou-se por baixo, revelando, em tese, o natural nervosismo que a contenda implica e que embute tantas ansiedades de parte à parte. A explicação possível para a saída do tom talvez insira o contraponto pela designação antecipada de sua substituta na pretensão indisfarçada de intimidar o titular da PGR.

É nessa toada que o fundo do poço nacional está tão intenso e profundo que as posturas do supostos vetustos se pulverizam nas desilusões de cada novo episódio. E o inflamento de egos, como foi o caso do Janot, encaminha o obscurecimento das própria atuações, abrindo espaço para oportunismos tal qual a união dos advogados de teóricos adversários como (pasmem!) Temer, dilma, Lula e Aécio, que se estão aliando para lançar manifesto contra a Justiça e o Ministério Público, a pretexto de decretar o fim do Estado de Exceção, como estão classificando o rumo das operações criminais.


Por: Luiz Saul Pereira
       BRASÍLIA - DF

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