sexta-feira, 4 de agosto de 2017

AGOSTO É MESMO O MÊS DO CACHORRO LOUCO... POR LUIZ SAUL

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São as coincidências quase sempre trágicas que alimentam a crendice de agosto como o mês do cachorro louco, embora a outra versão signifique apenas que se trata de um período de agudização do cio das cadelas, em que os machos disputam as fêmeas com mais intensidade.
O agosto brasileiro deste ano encontra o Presidente da República agonizando no mandato e reunindo as penúltimas forças para a manutenção da cadeira, em sucessão de manobras invulgares e de procedimentos extravagantes em busca de um resultado que ainda não foi apurado. Na mesma linha, outros agentes políticos outrora importantes cruzarão o mês entre a aflição e o desespero da contradição entre o lar e a cadeia.
E, com efeito, no nosso cenário político, o agosto pode revelar-se igualmente aziago para o senador Aécio Neves, que teve novo pedido de prisão encaminhado pelo Procurador Geral da República; e, também para os ex-presidentes dilma e Lula, acaso o Aldemir Bendine, o Dida, opte pela delação premiada. A sua posição, ora como presidente do BB, sob o Lula, ora como na Petrobrás, em igual cargo, sob aquela senhora, elevava-o à condição de aliado da maior intimidade do Palácio, especialmente nos episódios das tentativas de salvação da Sete Brasil, uma empresa quase de fachada. Bom, mas, nas circunstâncias, isso poderia acontecer em qualquer mês, até no de oitembro.
Ainda que não haja uma relação cientificamente apurada entre o mês e os fatos, não passam despercebidos alguns fatos históricos daqui, como, por exemplo, o suicídio de Getúlio Vargas, o acidente que vitimou Juscelino Kubitscheck, a renúncia de Jânio Quadros, a deposição do Fernando Collor, a morte recente de Eduardo Campos, e, as de Agamenon Magalhães e de Luiz Gonzaga, além de outras tragédias agostinhas, como a Olimpíada do Rio de Janeiro, uma das pedras da falência do Estado.
Fora do Brasil, o agosto tem o condão de lembrar acontecimentos especialmente infaustos que vão desde o início da 1ª. Guerra Mundial, e depois, também o início da 2ª. Guerra Mundial, já com a ascensão e a responsabilidade de Hitler, na Alemanha, até às bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, passando pela edificação do Muro de Berlim, a Noite de São Bartolomeu, na França, o Furacão Katryna, e por outros acontecimentos históricos que a humanidade deve esquecer (ou talvez lembrar sempre para evitar a repetição).
Apesar de tudo isso, não há de se atribuir ao mês de agosto os perrengues da humanidade, e, no caso do Brasil, menos ainda o curso da Justiça na busca de infratores que, além de protagonistas atuais, são representantes da linhagem que vem subjugando o país em todos os meses de todos os anos de todos os últimos 6 séculos.
Pra nós, da população, o mês é o da bandeira vermelha na conta de luz. Só isso poderia convencer-me de que agosto é cachorro louco. Mas, os cães têm nome, sobrenome, endereço e CPF.


Por: Luiz Saul Pereira
        BRASÍLIA - DF

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