segunda-feira, 14 de agosto de 2017

E OS FINANCIAMENTOS DAS CAMPANHAS? OREMUS! - POR LUZ SAUL


Aquilo que, pra variar, atravessou a calada da noite, na Câmara dos Deputados, não foi uma novidade.
Já se sabia das más intenções de colocar nos ombros do Erário, ou seja, do contribuinte, o preço das futuras campanhas eleitorais. Já se sabia inclusive o preço que se iniciaria em R$3,5 bilhões a serem “enriquecidos” até os R$6 bilhões mediante o aporte de emendas parlamentares e complementação pelo Fundo Partidário, cuja composição, em si, já representou o superlativo do opróbio. Por ironia (ou sacanagem mesmo com o eleitor), a estrovenga chega com o nome de Fundo de Financiamento da Democracia.
Mas, a questão foi quando a ficha caiu com uma população desassistida em todos os itens da dignidade assistiu àqueles discursos trapaceiros de intrujões engravatados componentes da tal Comissão Especial alegando a necessidade dos aportes para sustentarem as campanhas mentirosas de sempre, na defesa de um orçamento superior a itens como, por exemplo, o da Educação.

É sempre importante repisar que a investidura parlamentar constitui uma aspiração que não deriva em qualquer momento do interesse da nação, mas sim, da vanglória individual do candidato (raramente bem intencionada) e da pluralidade partidária na disposição de construir uma via de influência do poder.
Assim sendo, não cabe à população amparar financeiramente o projeto de indivíduos que no momento seguinte assumem a condição de algozes do povo. Que façam as suas vaquinhas, bingos, rifas de geladeira e churrascos beneficentes ou vendam as mães (e disso são capazes para a obtenção de uma cadeira na Esplanada)!
A iniciativa revela-se ainda mais imoral e inoportuna quando os responsáveis pela condução da economia bradam a falência do país e o fim dos recursos para a sustentação de programas de efetivo interesse da sociedade, a ponto de ameaçar-nos com a majoração das alíquotas do Imposto de Renda, que, mesmo nos níveis atuais não oferece qualquer retorno, a exemplo dos demais impostos e taxas que vigem por aqui.
Como o assunto foi tratado na tal Comissão Especial, não é possível ainda avaliar o grau de cumplicidade e de sordidez do plenário, onde a matéria passará por duas votações com a exigência de quórum de 308 deputados, antes de seguir para o Senado Federal. No entanto, não há de passar despercebida a rapidez e a intrepidez dos deputados nessa corrida contra o tempo para a aprovação da Reforma Política, cuja designação melhor se ajustaria como Arrumadinho Político, com a quase garantia da recondução dos mesmo de hoje.
No entanto, além da parte inteligente da sociedade, parece estar-se formando outro viés de resistência em algumas camadas da representatividade política, inclusive no Senado.
Não se sabe, portanto, até onde vai essa esbórnia que contém outros assuntos tais como o voto do chamado distritão, ou big district e outras bobagens. Mas, fica pra outra hora enquanto esperamos e oramos.
Oremus!



Por; Luiz Saul Pereira 
        BRASÍLIA - DF 

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