terça-feira, 19 de junho de 2018

POR ISSO QUE O CHAMAM DE "OUVIRUNDUM" ... POR LUIZ SAUL

Click na setinha ao centro da imagem e ouça o Hino Nacional Brasileiro

Rolando por aí um comercial de televisão patrocinado por uma operadora de telefonia, testemunhando, de um lado, a obsolescência da interminável letra do Hino Nacional do Brasil, e, de outro, o desconhecimento de tantos termos da língua portuguesa que se pratica por aqui.
Sem conseguir decodificar o hino, a criança pergunta ao irmão mais velho o significado de fúlgido; não sabendo, o irmão mais velho encaminha o irmão mais novo para a mãe que, também não sabendo, remete o filho para o avô, o qual, por não saber também, olha para a neta mais nova que, não sabendo por igual, pergunta ao google, e só assim se descobre que fúlgido significa algo reluzente, resplandecente, com luz, e vai por aí.
Talvez devessem os Ministérios da Cultura e da Educação desenvolver campanhas, uma, para a revisão da letra do hino que, não está errada, mas necessitando de alguma renovação e redução de tamanho; e outra, para aproximar ou reaproximar os estudantes da tal língua pátria, que é tão rica quanto desconhecida.
A ignorância do significado do fúlgido pelo irmão mais novo, pelo mais velho, pela mãe e pelo avô reflete a realidade que se apresenta em todo o país, transparecendo a atrofia mental e criativa para redigir e para interpretar textos, ainda que simples, em todos os meios culturais, desde os estudantes, passando por todas as camadas até chegar à advocacia que, em tese, seria o ramo dominador do idioma pelo óbvio motivo da clareza das argumentações.
Difícil saber se a campanha da telefônica constitui uma gozação, uma crítica, ou talvez um alerta sobre o assunto, embora seja igualmente incerto que as chamadas autoridades estejam percebendo o conteúdo do comercial em uma perspectiva do nível cultural da população.
O fato é que a quilométrica letra do ufanista Hino Nacional, além de não se aplicar aos dias de hoje, dificilmente terá o texto corretamente interpretado por boa parte dos estudantes, e, também de muitos diplomados, sem o recurso de um dicionário ou da tecnologia do google.
Por isso que o chamam de “ouvirundum”.
Uma pena...

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Por: Luiz Saul Perrira
        BRASÍLIA -DF

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