PRESERVAR A HISTÓRIA DE UM POVO

Não é segredo para ninguém que Triunfo é um município onde existe uma das maiores diversidades culturais e turísticas da Região do Pajeú. Toda essa potencialidade está retratada também em seu prédios históricos que acompanharam a trajetória da cidade durante décadas. Acontece, que devido ao crescimento urbano dos últimos anos, muitos desses destacados  imóveis privados e públicos vieram de forma desrespeitosa a ser destruídos com o aval das administrações públicas ou de propósito não conservados, prejudicando o cenário patrimonial que corre sérios riscos.

Enquanto isso pouco ou quase nada estão se importando os seus desinformados proprietários que infelizmente torcem pela sua derrubada visando no lugar serem construídos pontos comerciais mais amplos sem que na verdade parecerem convincentes diante aplicações modernistas que na realidade não passam da instalação de uma laje criando andar superior  ou alargamento  frontal com ridículas portas de esteiras, que nada implicam na melhoria da visão do cliente ou possam aumentar a vendagem, mas  somente vindo comprometer todas as características originais.

O caso mais recente e causador de grande celeuma que revoltou a população, foi o sobradinho situado na Avenida Getúlio Vargas ( vizinho do idêntico onde funciona a Sociedade dos Artistas de Triunfo) que estava,  assim como outros, em processo de tombamento cumprindo as exigências vigentes do Ministério Público de Pernambuco - MPPE e teve literalmente toda estrutura destruída apesar dos protestos e  costumeiras tomadas de posição contraditórias do prefeito - que antes era contrário e depois tornou-se injustificável favorável, inclusive contribuindo com o envio da máquina da municipalidade para demolição na manhã do domingo fatídico.

 

 

Por isso é importante  segmentos da sociedade triunfense cobrarem da Câmara de Vereadores a agilização do processo que amplia a existente Lei de Tombamento, aprovada em 1988, uma vez os prédios representativos para o patrimônio histórico depois de tombados ficarem  ainda mais protegidos, porém, para a conclusão desse processo, algumas medidas precisam ser tomadas. Segundo a chefe da Unidade de Preservação da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco ( Fundarpe), Rosa Bomfim, O Estado pode garantir pela proteção de bens materiais considerados de valor histórico, arquitetônico, artístico, arqueológico, paleontológico.