terça-feira, 20 de novembro de 2018

JESSICA CAITANO DISPUTA PRÊMIO DE MELHOR MÚSICA NACIONAL DE 2018 . ACESSE O LINK E VOTE!

Jessica Caitano




Rimas & Melodias, Jessica Caitano e Rosa Luz contam detalhes de suas histórias

Se você ainda se pergunta “por que agora as mina rima assim?”, é bom dar uma passada na próxima sexta-feira no Escutaê, evento gratuito dentro da programação do Red Bull Music Festival São Paulo, que vai dar um panorama da atual presença das mulheres no rap nacional.


O momento de reflexão e celebração contará com apresentações do Rimas & Melodias (Alt Niss, Drik Barbosa, Karol de Souza, Mayra Maldjian, Stefanie Roberta, Tássia Reis e Tatiana Bispo), Rosa Luz, Yzalú e Jessica Caitano. Artistas que trazem suas músicas e histórias de diferentes lugares e realidades.

Para entender melhor um pouco a origem, a histórias e os gostos de cada uma delas, preparamos um questionário. Dá uma olhada no que elas têm a dizer:



Jéssica Caitano

© RED BULL MUSIC

Como o rap e o hip hop entraram na sua vida?

Quando eu era pequena tinha um vizinho da minha mãe que ouvia Racionais, eu gostava muito da batida, não entendia muita coisa da letra, mas curtia o beat. Ainda pequena tive um contato massa com Nelson Triunfo, que é grande referência no Hip Hop, fui tomando o conhecimento da poesia que pulsa aqui na região do Pajeú e uma coisa foi puxando a outra, quando percebi, tava cantando embolada com pegada de RAPente.


Quando você decidiu fazer música? Quais foram seus primeiros passos nesse sentido?


Eu sempre me imaginei fazendo música, e eu fazia música quando era pequena também, brincando, gostava de ouvir os discos de embolada de painho e pensar que era eu quem tava cantando, Lindalva do pandeiro. Em 2007 uns amigos me chamaram pra cantar numa banda cover, tocava umas músicas de brega né, era massa, fui percussionista de outras bandas, depois tive meu primeiro trabalho autoral em 2011 e de la pra cá venho encontrando com pessoas incríveis que acreditam na mensagem que tento passar.


Nessa trajetória quais foram suas principais inspirações?

Minhas principais inspirações são primeiramente minhas avós e minha mãe, que muito me ensinaram de música sem nem perceber, quando transmitiram toda ancestralidade e poesia presente na vida que tiveram, a poesia Pajeuzeira, a boniteza da natureza aqui do alto sertão, minha vivência na zona rural, é o que me inspira.O Brasil é um país machista. O mercado da música não é diferente. 

Como se lida com esse problema?
Infelizmente não é só na música que a gente lida com o machismo né, são em todos os espaços, diariamente, desde sempre, ocupar e resistir é o que a gente sempre fez, e vamo ter que continuar, agora com mais força né.

O Escutaê é sobre a voz feminina ter hoje um maior protagonismo no rap nacional. Antes desse momento, que minas inspiraram você?

Meu primeiro contato com mulher rimando foi com as cantadeiras e emboladeiras de coco aqui da região, então eu gostava muito de Lindalva do pandeiro, Mocinha de Pacira tocava na rádio, ouvia Aurinha do coco, dona Selma do coco, tinha a história de Olindina, que era uma mulher da comunidade Quilombola das Águas Claras aqui de Triunfo, que cantava e dançava coco nos terreiro desafiando os costumes da época de que apenas homens podiam participar do festejo. Depois desse contato maior com a internet, eu descobri Karol Conka usando o sample de ''Boa noite meu senhor e senhora'' aí pronto, tudo mudou na minha vida.

Matéria integral no site da Redbull 

Um comentário:

  1. Desejo sorte. Essa "menina" tem conteúdo. Eu admiro muito. Orgulho nosso.

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