‘Justiça que tarda, falha’
Na última sexta-feira, 19 de outubro de 2012, um torcedor inglês invadiu o campo e deu um soco no goleiro do time adversário. Foi flagrado pelas câmeras de segurança, identificado, preso em flagrante e julgado. Na segunda-feira, 22 de outubro de 2012, foi condenado a quatro meses de prisão, em regime fechado. Como pena adicional, o tribunal o proibiu de entrar em estádios por cinco anos.Corta para o Brasil.
O processo do Mensalão levou sete anos para ser julgado. Realizaram-se até agora, data máxima vênia, 40 sessões do Supremo Tribunal Federal, com direito a arrazoados cuja leitura chegou a levar mais de um dia. Houve réus condenados; mas ainda não se sabe a quais penas. Sem dúvida são casos diferentes: o Mensalão envolvia 38 réus, discussões doutrinárias, debate de questões jurídicas. Não se poderia esperar que o Mensalão fosse julgado em poucos dias. Mas também não foi bom esperar que o julgamento levasse tantos anos. Vejamos o próprio efeito da sentença: na Inglaterra, torcedores violentos sabem que serão punidos exemplar e rapidamente.
No Brasil, há quem tenha a audácia de ameaçar recorrer a cortes internacionais, como se essas cortes tivessem jurisdição sobre crimes de roubalheira em nosso território.Conta-se que, nos velhos tempos, um condenado à morte conseguiu adiar a execução por cinco anos, prometendo, em troca do perdão, ensinar o cavalo do rei a falar. Disse aos amigos, que o consideraram maluco: em cinco anos, morre o rei, morre o cavalo ou morro eu.Justiça lenta é assim.Jus esperneandi O direito de espernear é sagrado. Mas, como todo direito, tem limites. Acusar o Supremo Tribunal Federal de sentenciar com objetivos políticos sem dúvida extrapola esses limites. Dos dez ministros do Supremo, só um, Gilmar Mendes, não foi nomeado por presidentes que integram a base de apoio ao Governo petista: foi escolhido por Fernando Henrique. O ministro Celso de Mello foi escolhido por José Sarney; o ministro Marco Aurélio, por Fernando Collor ─ ambos, Sarney e Collor, esteios da bancada governista no Senado. Os outros sete foram nomeados pelo presidente Lula e pela presidente Dilma.
O processo do Mensalão levou sete anos para ser julgado. Realizaram-se até agora, data máxima vênia, 40 sessões do Supremo Tribunal Federal, com direito a arrazoados cuja leitura chegou a levar mais de um dia. Houve réus condenados; mas ainda não se sabe a quais penas. Sem dúvida são casos diferentes: o Mensalão envolvia 38 réus, discussões doutrinárias, debate de questões jurídicas. Não se poderia esperar que o Mensalão fosse julgado em poucos dias. Mas também não foi bom esperar que o julgamento levasse tantos anos. Vejamos o próprio efeito da sentença: na Inglaterra, torcedores violentos sabem que serão punidos exemplar e rapidamente.
No Brasil, há quem tenha a audácia de ameaçar recorrer a cortes internacionais, como se essas cortes tivessem jurisdição sobre crimes de roubalheira em nosso território.Conta-se que, nos velhos tempos, um condenado à morte conseguiu adiar a execução por cinco anos, prometendo, em troca do perdão, ensinar o cavalo do rei a falar. Disse aos amigos, que o consideraram maluco: em cinco anos, morre o rei, morre o cavalo ou morro eu.Justiça lenta é assim.Jus esperneandi O direito de espernear é sagrado. Mas, como todo direito, tem limites. Acusar o Supremo Tribunal Federal de sentenciar com objetivos políticos sem dúvida extrapola esses limites. Dos dez ministros do Supremo, só um, Gilmar Mendes, não foi nomeado por presidentes que integram a base de apoio ao Governo petista: foi escolhido por Fernando Henrique. O ministro Celso de Mello foi escolhido por José Sarney; o ministro Marco Aurélio, por Fernando Collor ─ ambos, Sarney e Collor, esteios da bancada governista no Senado. Os outros sete foram nomeados pelo presidente Lula e pela presidente Dilma.
Cadê o tal golpe?
PUBLICADO NA COLUNA DE CARLOS BRICKMANN
Por mailto: Lucilo Correia - RJ
O retrato do Brasil é esse com a intervenção petista sem o menor escrúpulo.
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