SITUAÇÃO CRÍTICA DA BARRAGEM DO BREJINHO - POR CARLOS FERRAZ

Barragem do Brejinho - Triunfo - PE

Quem parte de qualquer Capital ou município brasileiro e chega a Triunfo, a cidade mais alta, mais bela e de melhor clima do Estado, denominada o "Oásis do Sertão" e considerada "Estação Climática" e Estância Balneária", se espanta em ver a vegetação ainda verde, mas bastante castigada pela seca que segundo pesquisas é a maior dos últimos 50 anos e com certeza provocará inúmeros estragos em nossa localidade.

Onde havia riacho, barreiro, poço, açude, lagoa, barragem, há somente o leito seco, sem que as cisternas existentes consigam suprir o necessário abastecimento dos moradores desta destaca cidade turística e nem amenizar o sofrimento das sofridas plantas e animais magros que se encontram penando com a tamanha falta de chuva, a espera de que a água apareça para salvá-los do pior.

O abastecimento d' água feito pela ETA da Compesa, através da Barragem do Brejinho, antes comprometido devido a expansão territorial urbana, aproxima-se do colapso total , embora exista um reconhecido  empenho dos competentes e abnegados funcionários da empresa tentando oferecer à população sem existir, a quantidade necessária do precioso líquido. Demonstrando em breve  a dependência dos carros-pipa.

A situação é grave - igual ou pior de que em outras oportunidades de estiagem, -  ameaça prevista que se fazia necessário há anos ter sido tomado alguma antecipada providência , elaborando um documento coletivo com respaldo técnico, envolvendo organizações não-governamentais, sindicatos, associação de pequenos produtores, proprietários de engenho, associação de moradores e poderes públicos, reivindicando alternativas .

Não se pode mais adiar  a decisão, precisamos com a devida urgência iniciar uma discussão profunda entre os mais diversos setores  da sociedade triunfense, visando assegurar soluções adaptadas à realidade local para sanar prejuízos com a produção, economia, investimentos em diferentes fontes. E sobretudo cobrar uma política hídrica definitiva com bases sustentáveis para a convivência nesses períodos, sem se apegar apenas a soluções paliativas.