PATRIMÔNIO HISTÓRICO BASTANTE AMEAÇADO

 

 

Deixou de ser há muito tempo desagradável novidade para quem possui ainda o mínimo de respeito com a nossa bela cidade e sensibilidade com o seu aspecto urbano o descaso presente está corroendo rapidamente o que restou de exemplares imóveis representativos por sorte ainda mantidos erguidos na conjuntura do patrimônio histórico triunfense, localizados principalmente no Centro e tombados pela Lei Municipal de autoria do vereador Carlos Ferraz, aprovada em 1988;

 Infelizmente o cenário atrativo que tanto orgulha triunfenses e atrai visitantes está entregue ao completo abandono e o responsável principal é justamente quem deveria zelar por essa riqueza - o governo municipal, que nem um pouco está preocupado com as constantes destruições criminosas realizadas abertamente; algumas vezes com a contribuição  da máquina retroescavadeira da municipalidade, aumentando ainda mais a gravidade do problema que poucos são os triunfenses preocupados e determinados a impedir tamanho descalabro.

Ao assumir a prefeitura na terceira oportunidade, o prefeito atual comprometeu-se em preservar o Sítio Histórico de Triunfo, sobre o qual a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) por sinal já tem pronto um projeto para transformar o local em Centro de Referência Cultural e Turística, mas alega indisposição para tentar  conseguir a verba para implantação e implementação. Se não há dinheiro em caixa, será que o Poder Executivo Municipal não teria como levantar esses recursos através da Lei Rouanet ?

Acreditamos seriamente que pode-se conseguir algum patrocínio financeiro para reforma e preservação de vários setores distintos, principalmente em se tratando de organismos habituados a patrocinar, como: na iniciativa privada, em bancos de fomento e  outros organismos internacionais. Lembrar ter a histórica  cidade no passado recebido grande influência estrangeira devido periódicas instalações alternadas de: alemães, italianos, americanos, portugueses, ingleses, espanhóis, franceses, suíços.

Ainda conserva-se algumas edificações antigas por pretensão dos proprietários mais esclarecidos, conscientes e independentes que primam manter a estrutura neo-clássica, diferente de moradores detentores de mentes atrasadas disposto a destruir traços de beleza para colocar simples cerâmicas nas paredes externas, chegando a descaracterizar e agredir o conjunto arquitetônico do lugar, porque dependendo dos supostos gestores nada é proibido de verdade.

Aqui tudo é permitido como se fosse uma comum brincadeira, desde que o dono do referido imóvel seja um aliado político ou eleitor juramentado e pretenda na ânsia excessiva  realizar o  que bem entender (na demonstrada ignorância em atos corriqueiros) construir um ponto comercial com as aterrorizantes portas largas de esteira, dando a falsa impressão,esse estilo atrasado sem qualquer estética ser fator primordial para aumentar as vendas; nada mudaria se mantivesse as entradas anteriores.