BRASÍLIA - Os senadores decidiram nesta sexta-feira, 1, eleger o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) mais uma vez presidente do Senado. O peemedebista recebeu 56 votos a favor; o adversário Pedro Taques (PDT-MT), 18. Ocorreram ainda dois votos em branco e outros dois nulos. Renan Calheiros presidirá o Senado no biênio 2013-2014. Ele retorna ao comando da Casa cinco anos após renunciar ao cargo para não ser cassado pelos pares e uma semana após o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, tê-lo denunciado por peculato (desvio de dinheiro público), falsidade ideológica e uso de notas fiscais falsas ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A eleição, feita em votação secreta por meio de cédulas, durou 35 minutos e contou com a presença de 78 dos 81 parlamentares. Faltaram à votação os senadores Humberto Costa (PT-PE), Luiz Henrique (PMDB-SC) e João Ribeiro (PR-TO).
Lançado oficialmente candidato no início da noite de quinta-feira mas articulando a candidatura desde o ano passado, Renan fez um discurso em plenário no qual ignorou as acusações que pesam sobre ele e disse que ética "é obrigação de todos". Ele apresentou algumas de suas propostas para os dois anos de mandato e pediu votos. "Eu peço à nossa Casa, a Casa dos iguais, o apoio e o voto de vossas excelências, consciente de que a escolha de cada um das senhoras e senhores senadores é, acima de qualquer coisa, uma demonstração de prestígio, homenagem e celebração à democracia."
O site da Revista Época publicou nesta sexta a íntegra da denúncia sigilosa oferecida por Gurgel contra Renan na semana passada. O procurador-geral sustenta que o peemedebista não tinha patrimônio suficiente para justificar os gastos com despesas pessoais decorrentes de um relacionamento extraconjugal. Na época do escândalo, em 2007, Renan foi acusado de ter esses gastos bancados por lobista de uma empreiteira.
Questionado antes da eleição pela reportagem, o ex-líder do PMDB não quis comentar sobre divulgação do conteúdo da denúncia criminal. "Estou confiante, não vi a reportagem", afirmou. Em 2007, o parlamentar apresentou notas fiscais para comprovar que o dinheiro obtido com venda de gado bancou os gastos extraconjugais. A Procuradoria-Geral da República considerou, no entanto, que as notas eram "frias". Se a denúncia criminal for aceita pelo Supremo Tribunal Federal, Renan passará da condição de investigado para a de réu.
Na época do escândalo, o peemedebista acabou absolvido no plenário do Senado de dois processos de quebra de decoro. Foram essas acusações que o levaram a abdicar da Presidência da Casa.
Relembre as denúncias contra Renan Calheiros:
FEVEREIRO DE 2007: Renan Calheiros (PMDB-AL) dá entrevista após ser reeleito presidente do Senado.
MAIO DE 2007: Renan vira alvo de denúncias. A primeira delas é que teria tido despesas pessoais pagas por lobista, como pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem teve filha fora do casamento.
JUNHO DE 2007: Para justificar repasses à Mônica, Renan vai ao Senado dar explicações e diz ter obtido R$ 1,9 milhão com venda de gado. O fato gerou suspeita de superfaturamento e uso de notas frias.
JULHO DE 2007: Nova denúncia. Renan teria articulado para evitar que a Schincariol pagasse multa deR$ 100 milhões ao INSS. A cervejaria teria comprado fábrica de bebidas dos Calheiro.
AGOSTO DE 2007: Terceira denúncia. Renan teria usado 'laranjas' para comprar uma empresa de comunicação de Alagoas, que controlava um jornal e duas emissoras de rádio.
SETEMBRO DE 2007: Renan é absolvido pelo Senado da acusação de ter contas pessoais pagas por um lobista. Dias antes, nova denúncia. Renan é acusado de ligação com esquema de desvio de verba.
OUTUBRO DE 2007: Renan pede afastamento da presidência do Senado. Antes disso, a quinta denúncia contra o senador: ele é acusado de ter usado servidor da Casa para espionar a vida de dois senadores.
OUTUBRO DE 2007: Aproveitando a exposição do caso, a jornalista Mônica Veloso posa nua e lança um livro.
DEZEMBRO DE 2007: Renan é cumprimentado por senadores após escapar de novo da cassação em plenário. Dessa vez, foi julgada a acusação de que ele teria usado laranjas na compra de rádios e um jornal
No final de 2007, Renan Calheiros renunciou a presidência do Senado. Ele foi acusado de pagar despesas pessoais (a pensão de uma filha fora do casamento) com recursos de um lobista: veja as denúncias.
O BRASIL ESTÁ PERDIDO! SÓ VALORIZA BANDIDO! E ESSE É APOIADO PELO PT.....
ResponderExcluirNo discurso, ele disse que defendeu a ética no Senado.kkkkkk
ExcluirEu acho que primeiro culpado é o povo de Alagoas que elegeu esse traste senador.
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ExcluirConsidero um desrespeito à vontade do povo colocarem de volta esse alagoano ladrão Renan no lugar do outro marginal maranhense Sarney.Memória curta demais.......
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ExcluirO CANALHA É UM MAU CARÁTER DO TAMANHO DO NORDESTE TEM O PODER SUJO QUE APOIA FICHA FUJA E ESQUECE FICHA LIMPA. BASTA RECEBER MERRECA!!!!
ResponderExcluirSeis anos depois de renunciar em meio a denúncias de corrupção o tal Renan Calheiros é eleito presidente do Senado Federal reconduzido ao cargo.
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