ANSELMO CAMPELO SOBRE EDIÇÕES DE CARLOS FERRAZ

Anselmo Campelo - Arquiteto

A crônica é um gênero de construção livre, em que o autor pode explorar assuntos variados, temas filtrados por sua própria percepção. Nos textos que Carlos Ferraz tem reunido, é possível notar os interesses diversos; ele fala de tudo, a proposta talvez seja apresentar um panorama amplo do cotidiano triunfense através do olhar do cronista apaixonado que representa, mas sem a atmosfera particular de romancismo. A partir de incentivos conceituais, o autor escreve textos breves, humorados e combativos que ressaltam o prazer pela escrita crítica e o ato de defender seu município.

Esse blog está reunindo crônicas de Carlos Ferraz que merecem ser lidas, relidas e adiantadas para outras personagens daquela cidade maravilhosa cada vez mais, porque constam fatos que passarão com certeza para a posterioridade. O faro de escrever todos os dias textos relacionados a Triunfo é uma ocupação mais ou menos sem regras desenvolvida por ele e que passamos a compartilhar, que envolve métodos desenvolvidos de acordo com as perspectivas do autor para cada atento leitor. 

O trabalho em jornal, segue certos parâmetros da redação jornalística que precisa haver muitos argumentos para enfrentar tamanha empreitada. Nos escritos que tenho acompanhado Ferraz procura refletir com exatidão e conhecimento de causa, pontos jamais abordados por outros conterrâneos seus que tenho aproximação. São artigos que exploram um sentimento de amor à sua terra, podendo ser lidos e absolvidos da mesma forma, por quem não for natural ou residente naquele panorâmico território sertanejo diferenciado dos demais

Atualmente o editor deste informativo trabalha num novo projeto que obriga a pensar no leitor, como forma de mantê-lo preso à sua performance idealista;  são pontos continuados de textos imediatos, quase sempre com assuntos postados no princípio do dia.Nessa conversa direta prevê suas reações, antecipa seus argumentos, coloca-se de forma mais ou menos clara diante dos temas que comenta com muita propriedade e peso na comunidade local e influência nas suas vizinhas, muito mais livre e solto de quando inciou seu projeto.

Não encontrei explicação no entanto para não haver sido o nosso dileto amigo de longas datas, rubro negro do Sport Club do Recife como o missivista que lhes escreve, escolhido na composição da Academia de Letras de Triunfo. Sem estabelecer hierarquia entre demais ocupantes das vagas, porque não os conheço, porém duvido muito existir distanciado nível cultural e compromisso superior com sua terra e seus habitantes como  esse eterno batalhador, dividido entre a Capital e o Interior.

Estive em certa ocasião dialogando com outros conterrâneos seus que frequentavam o meu ambiente de lazer, o antigo Yêto Bar, localizado na Praça do Internacional, na parte térrea do Edifício Santa Maria, na Madalena - inclusive o advogado Clóvis Fernando Martins, que infelizmente já partiu para plano superior- e soube de outras personalidades distintas com inquestionável qualificação, também excluídas da primeira remessa de imortais triunfenses para dar lugar a um preferencial grupo escalado.

Minha admiração pessoal pelo eficiente trabalho.

Anselmo Campelo.
Arquiteto -Urbanísta