Brasília
– A área de educação no país teve o maior crescimento relativo no
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM): 129% no período de
1991 a 2010. A informação, divulgada ontem (29), faz parte do Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013, elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). O ranking mede o nível de desenvolvimento humano de determinada região.
Segundo
o estudo, o crescimento da educação foi impulsionado, principalmente
pelo aumento de 156% no fluxo escolar da população jovem no período. O
setor saiu do menor patamar, subiundo de 0,279, em 1991, para 0,637, em
2010. Apesar do avanço, o setor ainda tem o menor índice diante dos três
indicadores avaliados: longevidade, educação e renda.
Para
o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (Inep), Luiz Cláudio Costa, o indicador de educação é o
mais difícil de avançar. “A educação alavancou o IDHM. No entanto, mesmo
com os fortes investimentos do país ao longo dos anos, educação é o
[indicador] que apresenta o maior desafio. Apesar dos programas de
educação de jovens e adultos, é difícil trazer essa pessoa acima de 15
anos para a escola. De toda forma, já estamos corrigindo isso”, disse
Costa.
O
estudo mostra que, em 2010, 41% da população de 18 a 20 anos de idade
tinham ensino médio completo. Na população de 5 a 6 anos de idade
frequentando a escola, o índice chegou a 91,1%, naquele ano. Em 1991, as
crianças representavam 37,3% dos alunos na escola e os jovens, 13%.
No recorte educação, lideram o ranking três
municípios paulistas: Águas de São Pedro, São Caetano do Sul e Santos.
Em seguida, vem Florianópolis. Na ponta dos piores índices apurados na
área, estão Melgaço e Chaves, no Pará, e Atalaia do Norte, no Amazonas.
De acordo com o atlas, as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste não têm nenhum município avaliado com IDHM muito baixo. Por
outro lado, nas regiões Norte e Nordeste, não há nenhum município na
faixa de muito alto. Pela escala, é considerado muito baixo o IDHM entre
0 e 0,49, baixo entre 0,5 e 0,59; médio de 0,6 e 0,69, alto 0,7 e 0,79 e
muito alto entre 0,8 e 1,0.
A
diferença entre o mais alto e mais baixo IDHM dos municípios aumentou
de 0,577, em 1991, para 0,612, em 2000. Daquele ano para 2010, houve um
retrocesso de 0,444.
No recorte renda, houve crescimento de 14,2% – com aumento de 0,647, em 1991, para 0,739, em 2010. A renda per capita dos
brasileiros teve ganho de R$ 346,31 nos últimos 20 anos. São Caetano do
Sul, em São Paulo, Niterói, no Rio de Janeiro, e Vitória lideram a
lista dos municípios com renda mais alta. Na ponta, com índices mais
baixos, estão três municípios maranhenses: Marajá do Sena, Belágua e
Fernando Falcão.
O
índice de longevidade é o que mais contribui, em termos absolutos, para
o nível atual do IDHM do país – entre 1991 e 2010, o Brasil acumulou
alta de 23,2%. O país saiu de 0,493, em 1991, para 0,727, em 2010. No
recorte, três municípios catarinenses lideram a lista com os valores
mais altos: Balneário Camboriú, Blumenau e Brusque. Com os piores
índices estão Cacimbas, no Pará, Roteiro e Olho D'Água Grande, em
Alagoas.
Esta
é a terceira vez que o Pnud faz o levantamento da situação nos
municípios brasileiros. Os dados já foram divulgados em 1998 e em 2003.
Nas duas últimas décadas, o Brasil quase dobrou o IDHM, passando de
0,493, em 1991 – considerado muito baixo – para 0,727, em 2010 – que
significa alto desenvolvimento humano.
Fonte: MSN/Noticias
IDH QUASE DOBRA EM 20 ANOS. O ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO CRESCEU 47, 5% DE 1991 A 2010 NO PAÍS.NORTE E NORDESTE EVOLUìRAM MAS AINDA TÊM CIDADES MAIS POBRES.
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ExcluirAvanços são percebidos no dia a dia dos moradores da cidade.Nordeste tem muito ainda a avançar infelizmente.
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