ACERVO ESPORTIVO TRIUNFENSE IGNORADO -

REPUBLICADO POR SOLICITAÇÃO DE ALGUNS TRIUNFENSES QUE TIVERAM O DESEJO DE EXPOR SEUS FAMILIARES NO ACERVO ESPORTIVO LOCAL, REJEITADO DE MANEIRA DESELEGANTE E AUTORITÁRIA:

Em meados do ano 2009, durante o encontro social promovido na chácara residencial do senhor John Timóteo, localizada no Bairro da Liberdade, estavam presentes: José Pedrosa (Manitú), Ranieri Timóteo, Afonso Nunes (Fonfa), o prefeito Luciano Fernando de Souza e outros. Nessa ocasião, o chefe do executivo tomou conhecimento da existência de um valoroso acervo de fotografias antigas - correspondente a equipes esportivas do município a partir dos anos 60 - sob a nossa guarda, - deixando-o, depois do estímulo da assessoria, interessado em expor essa preciosidade como atrativo no Museu da Cidade, na Praça Monsenhor Eliseu Leal Diniz, Centro. 

Cerca de um mês depois, por volta das 17 h, quando circulava na Avenida José Veríssimo dos Santos, Bairro Guanabara, diante do Centro Administrativo, nos reencontramos quando o prefeito ocupava o veículo celta, de cor branca da Secretaria Municipal de Saúde, destinado aos pacientes da hemodiálise pelo programa TFD, estando junto o secretário Evanildo Fonseca e o motorista "Capilé", oportunidade acertada de enviar os quadros ao prévio local combinado.

Em seguida recebemos em nossa residência a visita do até então Diretor de Esportes, Jadson Araújo (Jacó) a quem entregamos 58 fotos emolduradas em unidades de madeira e vidro, levados na caminhonete de Antônio “Barruada", visando contribuir para a formação de setor temático alusivo aos Esportes de Triunfo, representando variadas décadas, como forma de resgate à memória dos nossos muitos atletas componentes das várias agremiações locais.

Recentemente tomamos conhecimento de conterrâneos visitantes, orientados a visitar aquele recinto com novas gerações familiares, imaginando encontrar expostos parentes, amigos, conhecidos desportistas de passadas épocas haverem ficado bastante decepcionados uma vez o propagado conjunto de fotos reivindicado pelo gestor, jamais haver sido exibido, estava de propósito desprezado por funcionários do setor, antipatizantes da pretensão, em desorganizada sala, demonstrando verdadeiro boicote à atual administração e desrespeito ao histórico dos desportos locais.

Sabedor da indisciplina generalizada ao seu comando, Luciano Bonfim, determinou seu homem de confiança, conselheiro e assessor especial José Pedrosa da Silva Neto (Manitú) repassar pessoalmente ao funcionário diretamente vinculado ao setor, a determinação expressa, antes comunicada pessoalmente, diante subordinados e via telefone celular, exigindo a imediata postagem integral da coletânea em espaço adequado, porque nela também constava pessoas da sua relação. Nada foi feito!

Alertado sobre a insubordinação descarada e a falta de sucesso na desejada empreitada, estipulou aos responsáveis um prazo máximo de reposição, viajando em seguida a um Seminário de Médicos Anestesistas, em Fortaleza-CE e telefonando daquela Capital para se inteirar dos acontecimentos, sendo novamente informado que sua ordem havia sido ignorada e que o secretário da SETUR havia dito: "não estar preocupado e nem disposto a baixar a cabeça para Carlos Ferraz" (fato que posteriormente será comentado em detalhes), numa demonstração inequívoca de extremada superioridade peculiar.

Diante tanta negativa, ousadia, confusão, afronta, intolerância e suposta desmoralização ao transitório gerente de Triunfo e assessoria, resolvemos após reconhecido insucesso evitar maiores constrangimentos, solicitando do ex-componente da equipe "Jacó" (a princípio interessado nesse projeto, e agora esquivado) a devolução imediata de todas as unidades, sendo prontamente atendidos, apesar da constatação no ato da entrega, faltar três réplicas que precisamos reaver o quanto antes, porque essa seleção foi adquirida com dificuldade, durante significativo tempo de ex integrantes dos times ou seus herdeiros, prevendo ocupar nas alas subutilizadas existentes no museu, servindo para supostas diretorias de oficinas ornamentais para eventos. Poderia esse trabalho ser desenvolvido no prédio do antigo Matadouro Público, no Alto da Boa Vista.

Lamentamos no encerramento desse equivocado e obscuro capítulo desabonador, ocorrido de maneira estranha em pleno século XXI, na maravilhosa cidade considerada: Estância Climática, Oásis do Sertão, Estação hidromineral. Vindo contabilizar nativos triunfenses serem impedidos de contribuir na melhoria da querida terra e seus habitantes, agindo apenas por amor à nobre causa, sem qualquer outra pretensão. São na verdade atos injustificáveis, entraves políticos partidários, não condizentes com a vigência do regime democrático. Podemos fazer o que? Nessa peleja todos sairão perdedores. Que façam seus julgamentos os conterrâneos e leitores. 

TEXTO : CARLOS FERRAZ
Triunfo, 07/12/2011