"Pernambuco
Vivo" e "Nação Leão Coroado 150 anos" retratam vida
e cotidiano de artistas e agremiações intimamente ligadas à
cultura do Estado
A
contribuição incontestável de homens e mulheres para manter viva e
pulsante a cultura tradicional do nosso Estado deu origem ao título
Patrimônio Vivo de Pernambuco, que é concedido anualmente pelo
Governo de Pernambuco, através da Secretaria de Cultura e da
Fundarpe. Desde 2005, 33 artistas e agremiações foram agraciados,
como reconhecimento à sua trajetória comprometida com os saberes e
conhecimentos populares, perpetuados por gerações. Esses guerreiros
da cultura pernambucana são os personagens principais de duas
exposições fotográficas que abrem suas portas, nesta segunda (25),
na Torre Malakoff, Bairro do Recife.
"Pernambuco
Vivo" é uma parceria do Governo do Estado com o Jornal do
Comercio e retrata os patrimônios vivos em momentos do seu
cotidiano. E entre eles, está o Maracatu Leão Coroado, que ganha a
exposição fotográfica "Nação Leão Coroado 150 anos",
também uma realização da Secult-PE, e que marca a comemoração do
sesquicentenário da agremiação recifense
“Homenagear
aqueles que dedicaram toda sua vida à causa da cultura é mais que
uma responsabilidade do Governo do Estado. É um título que leva
nosso reconhecimento à grandeza da obra desses personagens, ao mesmo
tempo em que gera uma visibilidade para a arte que produzem e
estimula a continuidade dessa cultura pelos seus discípulos”, diz
o secretário executivo da Casa Civil e de Cultura Marcelo Canuto. O
secretário comemora ainda o fato de termos hoje duas exposições em
cartaz, com o mesmo tema. Uma, é fruto da parceria do Governo do
Estado com o Jornal do Comercio. A outra, uma iniciativa da
Secult-PE, brinda os 150 anos do Leão Coroado. “É um momento
especial para os nossos Patrimônios Vivos”, vibra o secretário.
A exposição "Pernambuco
Vivo" é fruto da série de reportagens publicada em dois
cadernos especiais, pelo Jornal do Comercio, no mês de outubro. A
exposição é composta por 39 imagens do cotidiano e da vida desses
personagens tão ricos culturalmente e que trazem em si grande parte
do conhecimento que constrói o imenso mosaico que é o nosso Estado.
Eles foram retratados pelos fotógrafos Heudes Regis,
Ricardo Labastier e Priscila Buhr, em momentos de descontração,
onde o que salta aos olhos é o ser humano. As fotografias também
fazem parte do acervo do JC Imagem.
Na mostra, que segue até 5 de janeiro, o público perceberá que a história de cada personagem se confunde com a sua arte: maracatu, caboclinho, frevo, forró, samba, afoxés, cerâmica, madeira, literatura e cinema. Os cenários para retratá-los foram suas próprias casas, onde residem as pessoas e coexistem os artistas responsáveis por parte significativa da história da cultura pernambucana. O cotidiano é quem adorna seus gestos, sorrisos e dá origem a biografias intimamente ligadas com o saber e o fazer que se colocaram a serviço da cultura de Pernambuco desde sempre.
Nação
Leão Coroado 150 anos – Os estandartes, suas
bonecas – calungas –, toadas e ritmos estão presentes na mística
do Leão Coroado, que, em homenagem ao seu sesquicentenário, ganha a
exposição fotográfica "Nação Leão Coroado 150 anos".
A agremiação é Patrimônio Vivo de Pernambuco desde 2005,
ano da instituição do título no Estado. Surgido no Recife, em
1863, o Leão Coroado é um dos maiores defensores das tradições de
matriz africana no país. O maracatu, hoje conduzido pelas mãos do
mestre Afonso, preserva a história e o modo de vida da comunidade.
A mostra é realizada
pelo Governo de Pernambuco, em parceria com o Instituto
Cooperação Econômica Internacional (ICEI Brasil), e tem a
curadoria de Lia Miceli Lopez Lecube. As 46 imagens ficarão
instaladas nas salas Diálogos e
Alcir Lacerda até 2 de fevereiro de 2014. Pelo olhar de seis
fotógrafos – Costa Neto, Diego Di Niglio, Guga Soares, Ivan
Alecrim, Mateus Sá e Roberto Rômulo –, o universo do Leão
Coroado é desvelado em suas mais diversas nuances. A festa e a
celebração da ancestralidade negra, símbolos, cores e fantasias
ganham destaque, assim como o retrato de pessoas comuns que dão vida
à historia do maracatu, em seus traços mais humanos. A feitura dos
instrumentos como a alfaia e a sua presença marcante na musicalidade
dos cortejos também é retratada, além de importantes celebrações,
como A Noite dos Tambores Silenciosos de Olinda, e imagens do
Terreiro de Águas Compridas.
Fonte:
Assessoria de Imprensa da Secretaria de Cultura de Pernambuco
Foto:
Acervo/Secult-Fundarpe
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