A origem de nosso Exército remonta a 19 de abril de 1648, dia em que se deu a primeira Batalha dos Guararapes. Naquela época, portugueses e brasileiros – brancos, negros, índios – se uniram para expulsar o invasor holandês do nosso território. De lá para cá, muitos foram os feitos da Força Terrestre em prol da nação e do povo brasileiro. Quem não sente um quê de admiração pelos nossos heróis do passado (Duque de Caxias, General Osório, Marechal Mascarenhas de Moraes...)?
Contudo, hoje em dia, a imagem do Exército vem sendo maculada, sobretudo pela mídia, ao relatar, entre outros assuntos, o episódio de 31 de março de 1964 de forma parcial, não mostrando, de maneira clara, as razões para a tomada do poder pelos militares e as atrocidades cometidas pelos terroristas. Aliás, eles – os terroristas – são enaltecidos, tratados como heróis da redemocratização do país. Nada mais falso! Pois aqueles guerrilheiros queriam implantar no Brasil um regime ainda pior: a ditadura do proletariado. Sem dúvida bem mais cruel. Basta comparar o quantitativo de vítimas de nossa “ditadura” com a ditadura de países comunistas.
Quem diz, por exemplo, que aqui no Brasil a tortura era a regra (e não uma exceção) com certeza não foi bom aluno de matemática, e ainda carece de noções de proporção. Ora, meu amigo, não precisa nem tomar como parâmetro as baixas astronômicas ocorridas em Cuba, na China, no Camboja, ou na antiga URSS, é só fazer uma comparação com as ditaduras argentina e chilena que se chegará à mesma conclusão. Quando fazemos isso, o neologismo “ditabranda” (utilizado por um jornalista da Folha de São Paulo, no editorial “Limite a Chávez”, publicado em 17 de fevereiro de 2009) não parece tão absurdo assim.
Pois bem, continuando, eu diria que uma reportagem imparcial é aquela que aborda várias facetas de um determinado tema. No entanto, o que vemos atualmente numa discussão sobre quaisquer assuntos, principalmente na televisão, são dois ou três debatedores com opiniões análogas. Isso não passa de proselitismo barato. E convence... Para se ter uma ideia do problema, outro dia eu dava uma palestra a jovens do segundo ano do ensino médio; por curiosidade, perguntei-lhes se sabiam algo sobre o atentado terrorista de 11 de setembro de 2001. Praticamente, todos sabiam relatar a ocorrência, e até com um razoável nível de detalhes. Porém, quando lhes perguntei sobre a bomba que explodira no Aeroporto de Guararapes, em 25 de julho de 1966, apenas um estudante sabia vagamente algo a respeito. E olhe que esse fato ocorreu aqui no Recife...
Portanto, em suma, observa-se que os nossos militares ganharam a luta armada, todavia, perderam a ideológica. Porque o que vem sendo passado para a nossa juventude nos bancos escolares, da década de setenta para cá, é uma visão de mundo puramente marxista. Apenas anos depois, com o advento da internet, é que, em face dos esforços de alguns ilustres brasileiros (exemplificando: Olavo de Carvalho, Padre Paulo Ricardo, Leandro Narloch, Marco Antônio Villa, Reinaldo Azevedo, Rodrigo Constantino...) a verdadeira história, lentamente, está vindo à tona.
Mas o momento atual – em que se está, desmedidamente, explorando temas relacionados ao regime militar; em que a ditadura do politicamente correto impera; em que a censura já se demonstra escancarada (Raquel Sheherazade e Paulo Eduardo Martins que o digam! Aliás, até eu mesmo posso afirmar isso, pois algumas de minhas crônicas não são publicadas em jornais de grande circulação; pressinto que foram censuradas) – este ano de 2014, para ser mais preciso, é propício para se esclarecer os fatos. No entanto, parece que o Exército Brasileiro se rendeu. Veja bem, eu disse “parece”. Isso porque, a julgar pela postura dos generais de outrora, nossos homens não se rendem tão facilmente.
Agora, meu amigo, uma coisa tem que ser dita: a história que perdura é aquela que é contada (verdadeira ou falsa); assim, a versão predominante e que está sendo difundida às novas gerações é a versão daqueles que posam como se tivessem realmente lutado pela democracia. Ficam, então, as perguntas: por que o Exército não se pronuncia? Será que o silêncio é a melhor estratégia? Particularmente, acho que não. Dá a impressão de concordância. Ou mesmo de rendição. Mas não se engane! O Exército é o guardião da pátria. Motivo de orgulho de nossa gente. Pode vir rebordosa por aí...
Ednaldo Bezerra é estudante de Licenciatura em Letras da UFPE
Apesar de ter uma participação no período da Ditadura Militar parte do Exército Brasileiro, esse órgão merece o respeito dos brasileiros.
ResponderExcluirESTOU COM O EDNALDO BEZERRA COM SEU OPORTUNO ARTIGO POSTADO, ACHO QUE AS FORÇAS ARMADAS EM GERAL MERECEM RESPEITO.
ResponderExcluirAdmiro as matérias sensatas desse senhor colaborador, muito boas mesmo.
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