quinta-feira, 3 de abril de 2014

RODA O FILME "A BACIA DE PILATOS" COM RENAN CALHEIROS - POR LUIZ SAUL

 
Cada vez que um político brasileiro com histórico de falhas de comportamento assume postura de austeridade e de cumpridor das leis e das normas eu me remeto aos grandes autores e aos excepcionais atores. 


Pois, o honorável Presidente Renan, do Senado Federal, declarou com pompa e circunstância que não foi eleito “para servir ao governo federal”. No caso da expressão extremamente forte, pretendeu j
ustificar a negativa da aceitação do recurso impetrado pelo membro da tropa de choque Gleisi Hoffmann, rogando pela rejeição da proposta de instalação da CPI da Petrobrás. Na sua macheza legisladora, o presidente, evitando a queimação total com a “aliada”, submeteu pleito à consideração da CCJ. O filme ou a peça poderia intitular-se “A Bacia de Pilatos”. 
 


Embora eu continue pensando que não vai haver CPI, e, se houver, será esvaziada por um ou outro lado, ou por ambos, como já aconteceu no “Waterfall Case”, o fato é que o momento repete cenário já visto com a guerra de ameaças de CPIs. É um jogo em que perde quem piscar primeiro, ou quem mais medo ou culpa tiver.
 

Nesse ambiente felliniano é importante não se descurar de outros fatores que obrigam os atores de Brasília a desempenharem o máximo de bom mocismo, ainda que seus passados os condenem. Na pauta do Renan Pilatos, por exemplo, estão as eleições para governador do Estado das Alagoas. Dentre tantos pretensos candidatos de lá, figuram o nome do deputado Renan Filho, assim como do próprio Renan Pai, a ser decidido proximamente. Daí, a necessidade dessa insubmissão aos interesses “aliados”, buscando transparecer imagem de equilíbrio, independência e de ética. Mas, também não se pode forçar demais a barra, sob pena de prejudicar a edificação dos palanques futuros. 


Do pronunciamento austero do Senador Renan, é razoável pensar que joga para a plateia em público, sendo bem possível que nos bastidores conspire e reze a todos os santos e demônios para que a sentença final seja da lavra de outro. 


Se acontecer, fechar-se-á o pano com a apoteose circense.
 
Por: Luiz Saul Pereira

2 comentários:

  1. ESSE BANDIDO DE ALAGOAS DEVERIA NESTA HORA ENCONTRAR-SE ATRÁS DAS GRANDES...

    ResponderExcluir
  2. Tenho que parabenizar este blog do qual tenho orgulho de ser leitor desde seus primórdios por entender do nosso cotidiano, porque tem dinamismo, diversidade e interação de tudo, tendo haver com a minha visão geral das coisas.

    ResponderExcluir

Caro leitor, seja educado em seu comentário. O Blog Opinião reserva-se o direito de não publicar comentários de conteúdo difamatório e ofensivo, como também os que contenham palavras de baixo calão. Solicitamos a gentileza de colocarem o nome e sobrenome mesmo quando escolherem a opção anônimo. Pedimos respeito pela opinião alheia, mesmo que não concordemos com tudo que se diz.
Agradecemos a sua participação!

NOSSOS LEITORES PELO MUNDO!