Paralisado, extasiado, hipnotizado pelo sucesso da Copa que interessa, ou seja, a dos gramados, o Brasil elevou a autoestima e o humor. Fora de campo, o brasileiro também tem exercido a excepcional vocação de bem receber, assim conquistando até alguns argentinos menos empedernidos.
A ausência precoce das grandes forças desclassificadas em nada deslustrou a competição, uma vez que as seleções remanescentes garantiram as emoções e especialmente os grandes sofrimentos.
No permeio do sucesso da Copa e da hospitalidade brasileira emergiu o escândalo cambista de ingressos, aparentemente de proporções estratosféricas, ainda no início da avaliação policial, mas muito caminhando para enredar membros da cúpula da FIFA e do restante do mundo do futebol.
Também nesse ínterim, restabeleceu-se a liga da injustiça com a liberação dos mensaleiros para remontarem seus escritórios de politicagem. Isso, se, por um lado, agradou aos petistas inconformados com as prisões, por outro, trouxe de volta o Mensalão aos noticiários, em plena campanha eleitoral. Não sei o que foi pior.
Com o próximo fim da Copa de pouco legado, a realidade baterá de frente com o Brasil anterior, já se emendando com a campanha eleitoral para a continuidade da paralisação. Até parece uma greve
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Quando se recuperar da hipnose, o país encontrará a produção e a produtividade industrial quase a zero, a frustração da rede hoteleira no evento, os prejuízos das aéreas, o malogro das vendas das concessionárias de veículos e também dos eletrodomésticos do tipo TV, o desequilíbrio da balança comercial, a CPMI esvaziada da Petrobrás, as passeatas dos movimentos “aliados” do Governo, o fim do sonho, e principalmente o famigerado horário político.
Quando se recuperar da hipnose, o país encontrará a produção e a produtividade industrial quase a zero, a frustração da rede hoteleira no evento, os prejuízos das aéreas, o malogro das vendas das concessionárias de veículos e também dos eletrodomésticos do tipo TV, o desequilíbrio da balança comercial, a CPMI esvaziada da Petrobrás, as passeatas dos movimentos “aliados” do Governo, o fim do sonho, e principalmente o famigerado horário político.
Retornaremos, assim, à estaca zero, com muita gente morrendo de saudade da COPA, quando era só futebol, cerveja e cambistas, pois o cenário será pior do que vaias e palavrões no estádio.
Tudo como dantes no quartel de Abrantes.
Por:Luiz Saul Pereira
O Luiz Saul é demais. kkkkkk
ResponderExcluirQuase que diariamente estou curtindo os textos escritos pelo senhor Saul, que considero sensacionais e muito atualizados.
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