terça-feira, 7 de outubro de 2014

CORRENTE DE MEDO NA ESPINHA DOS BRASILEIROS - POR LUIZ SAUL

 

Sem retórica, por motivos diferentes há uma corrente de medo percorrendo a espinha dos brasileiros nesta Primavera Brasil. E não é só no aspecto político. 
 
Basta notar o drama dos paulistas e principalmente dos paulistanos em relação à iminência da exaustão dos seus mananciais aquíferos. Brasileiros imprevidentes sempre se comportaram como se a água não fosse um bem finito. Daí que o planejamento passou sempre à distância apesar do ritmo exponencial do adensamento e a farra do desperdício que sempre se assemelhou a uma orgia. 
 
Agora os orgulhosos e tantas vezes arrogantes da região estão experimentando as agruras comuns aos habitantes do semiárido nordestino, os “baianos”, os “cabeças chatas”, e os “paraíbas”, quase sempre reduzidos e socialmente segregados por razoável parte dos locais, dos nativos da Pauliceia, sem esperança de que retirem uma lição do episódio.E o mito do São Pedro como deus da chuva não tem nada com isso! A questão está em previsão, planejamento e investimento. Só isso.

A recuperação dos mananciais não é uma coisa simples, mesmo que caia chuvas aos borbotões. Quando a água chegar, se chegar, primeiro a percolação terá que alimentar o solo ressequido, para só então iniciar o processo de armazenamento. Serão necessários anos de repetição do processo para a recuperação.

Quando se aceita o Brasil como um dos mais ricos países em volume de águas, tem-se que se aceitar também a irresponsabilidade generalizada do povo e do governo na preservação dessa riqueza, onde os rios estão morrendo pela ação do homem, e importante parcela da população convive com o drama da escassez absoluta do líquido mais que precioso. Aí vêm aqueles políticos oportunistas com seus projetos de abrangência de 5 ou 9 eleições, e a custos enriquecedores de alguns, como, por exemplo, a transposição do São Francisco, que ainda terá todo o tempo para continuar se arrastando.

No caso de São Paulo, “a locomotiva do país”, é capaz de os “caras”, transporem as águas do Amazonas e até do Nilo, para resolverem o “problema”. Também podem explorar o Aquífero Guarani, desrespeitando os acordos diplomáticos em vigor. Questão de status.

Enquanto isso, ficamos olhando de longe países situados em regiões carentes de mananciais, as quais, mercê de adequado planejamento associado a investimentos financeiros e tecnológicos, nadam literalmente em água potável.

Mas, tem outras correntes de medo em nossas espinhas. Que tal escolher entre a Dilma e o Aécio?



Por: Luiz Saul Pereira

4 comentários:

  1. José Walter Andrade7 de outubro de 2014 às 18:58

    O Luiz Saul sempre bem atualizado e eficaz na escrita dos assuntos atualizados.

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  2. Eles agora vão saber o que é a falta de água que os nordestinos enfrentam como se fosse uma incansável sina.

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  3. Marcos Antonio Florentino Lima17 de outubro de 2014 às 15:17

    INDIGNAÇÃO COM O DEPOIMENTO QUE ACABEI DE LER DO CONTERRÂNEO TOINHO DE TRIUNFO
    Caro amigo Toinho de triunfo, lendo as suas postagens sinto-me no direito de discordar da sua posição de conivente com toda esta corrupção que o PT instituiu no nosso país. Muita gente como você não precisa dos benefícios que os impostos que pagamos poderiam nos dar, mas ao nosso lado existem milhares de pessoas de menor poder aquisitivo, pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza, pessoas que vivem na dependência das drogas, pessoas que colocam seus filhos nas ruas para ganharem algum dinheiro sem se importarem como vão conseguir, pessoas jogadas nos hospitais públicos dependendo da presença do poder público investindo o dinheiro que pagamos de impostos exatamente com estas finalidades. É muito cômodo abrir a boca e falar tanta bobagem, coloque a mão na sua consciência e veja que amanhã você poderá ser um desses abandonados pelo poder público, quando cair num desses hospitais e ver suas pretensões negadas, quando você tentar colocar um filho numa faculdade pública e vê-lo sendo barrado por um resultado de vestibular fraudado em benefício dos seus comparsas, quando você tentar uma aposentadoria depois de contribuir durante 35 anos e na hora de receber um benefício que é de direito se defrontar com as políticas desenvolvidas por este governo que você apoia, ou então fecha os olhos para a sua corrupção aplicando um fator previdenciário que reduz a sua aposentadoria em mais de trinta por cento do ganho real. Nada contra o amigo desconhecido, mas tudo contra a sua opinião de conivência com estes bandidos.

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