Já que o uso do cachimbo faz a boca torta, o estadista Renan Calheiros tomou-se de abespinhamento depois de alijado da tradicional negociata para a partilha dos cargos como costumeiramente acontecia na divisão do butim governamental. Os despojos das guerras eleitorais por aqui sempre significou o retalhamento patrimonialista da estrutura institucional entre aliados e apoiadores.
Não fugindo da regra, mas se valendo de consultoria de travesseiro a dilma fatiou a Esplanada segundo a sua perturbação carrancuda. Daí que nomeou quem sabe e também que não sabe onde (e se) o galo canta para a maioria dos poleiros. Como não mediu a dimensão das benesses, despertou a ira de quantos não se sentiram recompensados.
No caso do estadista das Alagoas, a percepção de desprestígio soou ainda mais gravosa, na medida em que, além de designações de pessoas fora da “cota partidária”, viu um dos seus maiores adversários guindado ao Ministério da Educação. É de estarrecer como o Brasil se assemelha a um quintal de um ou de outro. É como se um administrador não dispusesse do alvedrio de escolher a equipe, sem consultas.
Idos os anéis, todos miram agora no provimento do segundo escalão e do terceiro escalinho. Se não houver dança conforme a música, a torpeza do oportunismo chantagista está afiando as suas armas, já anunciando uma postura de “Independência ou Cargos”, ou seja, o desapoio à dilma até que ela “chegue nos eixos”. Não existe outra expressão.
A birra parece tão grande que, segundo consta, os caras estariam dispostos a ceder postos importantes nas mesas dos Senado e da Câmara para o PSDB, e assim fortalecer a oposição.
Nenhuma novidade quando se sabe que certos partidos agitam suas bandeiras segundo o humor e a avidez ocasionais de cada morubixaba, que são tantos.
Segue a procissão.
Por: Luiz Saul Pereira
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