sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

O CLICHÊ É A INDUSTRIA DA SECA - POR LUIZ SAUL



Tudo é uma questão de status para determinar o nível das reações dos detentores do poder, como se vê no frenesi da água ou de sua falta. É nessa medição de influência que se que se estratifica o prestígio e determina as primeiras e segundas classes do país.
 
Sobre água, sabe-se que o Nordeste se debate de seca em seca há séculos, sempre alimentando campanhas eleitorais de gerações de políticos desleais e oportunistas que fazem do combate às estiagens endêmicas o seu mote predileto e o seu escritório eleitoral, e, que depois esquecem até o próximo pleito. O clichê é a indústria da seca.

Em anos recentes mas nem tanto, vem se desenvolvendo um rame rame, um lesco lesco, um tic tac, um croque croque de transposição do Rio São Francisco para mitigar as dificuldades das áreas mais sofridas da região, e até quem sabe ensejar um toque toque de dignidade para as populações desprotegidas. O “projeto” já passou por 3 eleições, com fôlego para outras tantas, enquanto o Rio não seca. 
 
Pois bem, bastou que a seca migrasse para o Sudeste, que as verbas e as soluções instantâneas brotassem na igual medida da adoção de ações objetivas para minorar preventivamente qualquer dificuldade. Transpõe o rio daqui, dá uma porradinha ali, aperta aquela porca acolá, junta as duas bacias, fura mais um poço, enfia mais um cano, e assim vai.

Se alguém tem dúvida sobre a estratificação das classes ou das castas implícita na diferença de tratamento e nas relações institucionais das unidades federativas com o núcleo do Poder Central, raciocine então sobre essa matriz de relacionamento aqui exposta.

E não se esqueça de reelegê-los...


Por: Luiz Saul Pereira

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