
Já com um inevitável olhar no ano de 2018, muitos dos articulistas 
políticos do Brasil iniciaram os respectivos exercícios de futurologia, 
tentando montar o quebra cabeça que o desvario dos “nossos” homens 
públicos irão construir.
Sobre o assunto, chamou especialmente a 
atenção o quadro elaborado na coluna Painel da Folha de São Paulo. A 
editora Vera Magalhães sugere ali que poderá ocorrer uma espécie de 
diáspora provocada pela ambição de poder de alguns dos principais personagens do PSDB.
Na versão do Painel, o Aécio, voltaria como candidato, cavalgando os 
cerca de 50% dos votos obtidos na última eleição. Na minha opinião, 
teria contra si a percepção de que não se consolidou como a oposição que
 dele se esperava. Fincou os pés entre Brasília, BH e Rio de Janeiro, 
deixando que a capitalização dos votos escorresse pelo ralo, tornando-o 
novamente uma espécie conhecido desconhecido, sem o elã do avô, que era a
 sua sub bandeira.
Talvez por isso, o diretório paulista que nunca 
engoliu o mineiro, vem aos poucos mas de forma aberta ungindo o 
Governador Geraldo Alckmim como o seu candidato a candidato à sucessão 
da dilma. Dessa forma, reacende-se a batalha interna entre ambos para a 
indicação, como aconteceu recentemente. 
Mas, aí poderá ressurgir 
das cinzas o inefável José Serra que sempre embalou o sonho da 
Presidência da República, e que também certamente deverá retomar as 
pretensões antigas e permanentes de subir à rampa. 
Daí que, como 
dois corpos (no caso, três) não podem ocupar o mesmo espaço, o Painel 
exercita que, caso o Aécio seja novamente indicado para concorrer pelo 
PSDB, o Alckmim poderia se apresentar como candidato do PSB, que já 
pertenceu a Eduardo Campos. Já o Serra, que sempre se considerou o 
melhor entre os melhores, poderia se transformar no candidato dos sonhos
 do PMDB, depois de aparadas as arestas, uma vez que os peemedebistas do
 Eduardo Cunha e do Renan Calheiros parecem caminhar neste sentido, mas 
não dispõem de quadros com apelo suficiente para tanto.
O exercício do Painel parece muito interessante, e, mesmo não deixando de ser uma conjectura, não deveria ser descartado.
Por: Luiz Saul Pereira

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