quarta-feira, 8 de julho de 2015

" SE CUIDE PORQUE A BATERIA ESTÁ ACABANDO, COMANDANTA!" - POR LUIZ SAUL




Tudo é uma questão de ponto de vista quando se avalia a medida provisória encaminhada ao Congresso, e que está sendo chamada de plano de proteção ao emprego. Para evitar ou minimizar o desemprego, autoriza o empregador a reduzir salários e também reduzir a jornada, com o Governo pagando metade da redução, como compensação. Desde logo se compreende que redução de salário para o exercício das mesmas funções, só através de medida de extrema força, como nos tempos da ditadura. Também se compreende que o Tesouro pagará a uns poucos com o dinheiro de todos, ou não?



Para quem está na iminência de ser devolvido ao mercado, isto é, demitido, canoniza a dilma pela perda apenas de parte dos anéis.


A pergunta que restaria fazer é: Como chegamos a tanto? Com a resposta, demoniza-se a dilma, pois não?

É verdade que o país já passou por outras crises de diferentes dimensões. Aqui já faltou água, energia, trigo, já teve rebanho sendo escondido para manipulação de preço e tantos outros desabastecimentos de conveniência, de oportunismo, ou apenas de incompetência. Hoje, além de pudor, faltam principalmente saúde, segurança e educação.


É razoável propor que grande parte dos problemas atuais remonta ao principado do Guido Mantega, pelas estratégias equivocadas, pela incorreção das projeções de receitas e pelo destrambelho das despesas, pelas pedaladas, e pela incapacidade de controlar a incontrolável dilma. Foi a desertificação da macroeconomia nacional. Restou a areia. Mas, é claro não foi só isso. Tem todo um conjunto deletério de atitudes vindas de todos os quadrantes que foram minando o país até a sobra dos cacos.


A sorte ou o mérito da comandanta é que ela parece ser pessoalmente íntegra, não pertencente ao grupo, nem beneficiária objetiva da quadrilha que tomou de assalto algumas importantes instituições do país, fazendo uso de seus cofres ao prazer pessoal. No máximo, uma paradinha para um prosaico jantar em Lisboa e os hotéis de luxo. Mas, isso faz parte do bônus do cargo. 




Nem isso, no entanto, sugere que tenha autoridade para desafiar o país a retirá-la do trono, como acaba de fazer. Mordeu a isca para uma briga de terreiro. Esse tipo de desafio denota apenas que ainda não aprendeu as lições do próprio fracasso nem se deu conta de que a sua cabeça está de fato a prêmio. Prêmio baixo. E fica ainda mais claro que a arrogância continua no comando.

Ela que se cuide porque a bateria está acabando.


Por: Luiz Saul Pereira

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