segunda-feira, 31 de agosto de 2015

A TESE "NÃO TEM TU, VAI TU MESMO" TEM QUE SER SUPERADA... POR LUIZ SAUL


Seria bom que a brasileirada começasse a se acautelar com relação ao futuro, especialmente no que se refere à substituição dos chamados gestores e dos demais representantes. Seria melhor ainda que o povo compreendesse que tem a força e a responsabilidade de governar o governo, sendo que isso só se faz quando o conjunto de indivíduos transforma a eleição em uma coisa séria no curto, médio e longo prazo, com um raciocínio, se não na individualidade, mas na salvaguarda dos seus herdeiros.

E, o momento é propício. Ponderando o desenrolar dos acontecimentos parece bastante razoável que a polarização de 2014 em torno de nomes mediocramente comuns não se repetirá. Isso parece bom e inspirador ao surgimento de um tipo de difusão de ideias e propostas distantes do mesmismo que tem caracterizado o engodo e principalmente as mentiras enfiadas goela abaixo da sociedade nos últimos tempos.

Parecendo que presidencialismo de coalização na forma praticada por aqui está falido e também sepultado pelos atuais coveiros do Planalto e respectivos aliados, seria ideal a instituição de um regime parlamentarista, com mais vantagens do que o contrário. Como não se percebe esse tipo de ânimo, pelo menos há sinais da descontinuidade da polarização. Com efeito, embora seja certa a tradicional inscrição de candidatos a qualquer tipo de eleição pelos partidos considerados nanicos, a parte de cima da pirâmide aponta para uma divisão de bandeiras em que certamente figurarão no mínimo os PSDB, PMDB, PT e um remoto DEM com os respectivos satélites sem um horizonte de renovação de pessoas e de propostas. 

É verdade que a ausência de renovação de ideias e de pessoas remete ao domínio do chiqueirismo há tanto tempo praticado pelos políticos, como a sugerir a tese de que “não tem tu, vai tu mesmo”. Na falta de líderes, os nomes são impostos muitas vezes pela conveniência das legendas, por acordos de porões, por compadrio, por negociatas e até pelo poder financeiro, como quase sempre ocorre, por exemplo, com a suplência de senadores. Somente quem fica de fora do raciocínio é o bem estar e o progresso do povo, que, especialmente após as eleições é abandonado à própria irresponsabilidade da escolha impensada de haver promovido ou reconduzido determinadas escórias à condição de autoridade. Os exemplos estão aí, assim como continua vigendo um tipo de cegueira fatalista de eleitores ainda fascinados por essas “autoridades” e pela negativa ou abstração dos delitos noticiados. Assim, são reeleitos a cada novo pleito, com a mesma intensa campanha dos mesmos cegos. 

Não parece razoável a frase comum de eleitores que afirmam não se lembrar em quem votou para esse ou aquele cargo. Esse tipo de descompromisso que parece tanto arraigado quanto anedótico corresponde a um lavar de mãos com os próprios destinos. O eleitor nem precisa necessariamente de ser politizado, mas é indispensável que seja responsável pelo ato da escolha.

A tendência que atualmente se registra de se promover uma limpeza nas fileiras dos agentes públicos corruptos, incompetentes e nascidos no berçário da fisiologia e de nepotismo poderia representar uma esperança de dias melhores. A questão é que fizeram escola instituindo uma espécie de DNA nos herdeiros políticos com o mesmo pensamento de se darem bem com a usurpação ou a relação indevida com a coisa pública. Será necessário o surgimento de uma nova geração devidamente desinfetada desses vícios e hábitos delituosos para fazer renascer a esperança.

Sem a pretensão ou qualquer interesse de me associar a qualquer dessas campanhas que circulam por aí do tipo Acorda Brasil, Revoltados etc., todas com um viés tendencioso ou partidário, fico com apenas um convencimento pessoal de que a carona está disponível ao povo brasileiro para a promoção de uma mudança responsável, compromissada e determinada à promoção de uma mudança que nos ofereça uma boia de recuperação. Pensar e agir com responsabilidade não dói. 

Rodapé
: dia, 27/8/15, com a divulgação dos resultados da economia encolhendo em 1,9% no segundo trimestre, o Brasil ingressou formalmente em estado de recessão. É possível apontar os dedos para os responsáveis por isso. Não é a China nem a crise internacional.
Para você que se dispôs a ler isso até aqui, pense com os seus botões em quem você votaria hoje para presidente do grêmio, síndico, vereador, deputado, senador e presidente. Depois avalie a sua percepção sobre o seu escolhido.





Por: Luiz Saul Pereira

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Caro leitor, seja educado em seu comentário. O Blog Opinião reserva-se o direito de não publicar comentários de conteúdo difamatório e ofensivo, como também os que contenham palavras de baixo calão. Solicitamos a gentileza de colocarem o nome e sobrenome mesmo quando escolherem a opção anônimo. Pedimos respeito pela opinião alheia, mesmo que não concordemos com tudo que se diz.
Agradecemos a sua participação!

NOSSOS LEITORES PELO MUNDO!