terça-feira, 18 de agosto de 2015

"CONSTRUINDO UM MOMENTO NOVO"... SANTO DEUS! POR LUIZ SAUL




Apesar das crises sucessivas e da degradação moral de uma parcela importante dos seus homens públicos o Brasil continua sendo um país importante e capaz de despertar preocupação sobre os seus rumos em todos os cantos do Exterior. E a explicação para esse fenômeno é muito simples, na medida em que é percebido como verdadeiro celeiro com as suas abundantes safras, assim como pelas suas outras riquezas materiais que a deformação de muitos tanto se esforça para devastar. 
 
Por isso, as manifestações populares decorrentes da insatisfação da sociedade obtiveram grande destaque na imprensa internacional, mormente nos órgãos especializados em economia. Tendo o descrédito como destaque, chamou especialmente à atenção a pergunta elaborada pelo Financial Times, mais ou menos assim: “do que adianta tirar a dilma, se para o seu lugar irá um político igualmente medíocre!?” Mesmo fazendo sentido, é uma pergunta e uma sentença que bem demonstram que essa nossa faceta desmoralizante ultrapassou as fronteiras.
 
O pior de tudo é que o governo insiste em fazer cara de paisagem para a crise e para as manifestações, quando um sinistro Edinho Silva, sem perder a oportunidade de minimizar o número e a importância dos manifestantes, prefere simplesmente dizer que se está construindo um momento novo. Duvido que saiba discorrer sobre o conteúdo desse “momento novo”. É o tipo de pessoa que por conveniência e por sobrevivência acredita nessa coisa chamada Agenda Brasil apresentada pelo Renan Calheiros. Esse tipo de otimismo construído apenas nas suas cabeças não conquista a parcela informada da sociedade. A verdade é que a sua interpretação das passeatas nacionais é de uma estultice gloriosa.
 
Sabendo-se que a tese do impeachment pelo menos por enquanto aparentemente não reúne fundamentos suficientes para progredir e que a madama não mostra sinais de adesão à hipótese da renúncia, seria bom que evoluísse a possibilidade da instalação do parlamentarismo por aqui, ainda que se mantivesse a dilma como diretora social do Brasil. Não sei se isso seria possível, mas seria bom.
 
Numa explicação rasteira, em um regime parlamentarista a economia do país e demais assuntos de igual relevância são conduzidos por um primeiro ministro, cuja manutenção no cargo se dá na proporção dos acertos. Nos fracassos, cai o primeiro ministro com um simples voto de desconfiança aprovado no Congresso, sem grandes interferências ou sensibilização do funcionamento da nação. Dessa forma, a cada queda de gabinete de primeiro ministros se inicia, aí sim, um momento novo diferente do que falou o Edinho Silva. Com a vantagem da manutenção do presidente como diretor social do país, como acontece em tantas nações importantes. 
 
Enquanto isso não acontece, o país seguirá sangrando o prestígio e a economia, e principalmente sendo ridicularizado pela semântica da dilma que, aliás, acaba de dizer que “Roraima é a capital mais distante de Brasília”, como se a capital daquele Estado não fosse a cidade de Boa Vista. E mais, afirmou que agora ela é uma “roraimada”. Não costumo chamar por Deus à toa, mas, nesse caso, Santo Deus!
Repetindo, Santo Deus!


Por: Luiz Saul Pereira

2 comentários:

  1. Agora os tucanos devem aumentar a pressão sobre a quadrilha petista. Fora Dilma! Fora Lula! Fora PT!

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  2. Ainda não é possível avaliar se boneco gigante de Lula trará danos à sua popularidade.

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