Não se pode afirmar que as manifestações das ruas serão determinantes
para a manutenção, ou não, dos empoleirados. Afinal serão avaliadas com
as frases de praxe que “fazem parte da democracia”, que “estamos em um
país livre”, que “foram menores do que as anteriores”, etc. Na
manifestação do mês de abril passado tentaram a mesma tática de
minimização da inteligência das ruas e deram com os burros n’água. Desta
feita, parecendo visível que as quantidades de pessoas nas ruas
coincidem razoavelmente com os índices e com a abrangência nacional da
censura apontados nas recentes pesquisas, pode ser que repensem o
assunto para fingirem humildade. Confissão, jamais!
Mas, esse tipo de retórica não esconderá a harmonia, a homogeneidade e a abrangência com que a indignação se apossou do país numa incursão focada especialmente no tripé da corrupção, da expulsão, e do apoio à inusitada intrepidez do Dr. Moro. Intrepidez e inusitada, sim, porque corrupção sempre houve. Faltava o Juiz e a companhia do MPF e da PF. Só me parece estranho o grito “Fora Lula!”. Fora de onde? Ele não exerce cargo, não está eleito, não está contratado. Os seus pecados são anteriores quando enfiou goela abaixo da sociedade a madama sapiens, em razão do quê já purga grande arrependimento e vagueia o restante prestígio naquele nicho partidário. Só lá! Mas, se for por isso o pedido de sua expulsão, vamos aderir.
A amplificação da repulsa popular ao estado de degeneração social e econômica em que nos debatemos haverá de implicar que cada apegado ao Poder avalie a segurança do respectivo corner, inclusive o titular do Senado por conta de suas manobras de sobrevivência. Menos mal porque se sabe que quaisquer acordos dali são precedidos da precariedade que flutua ao sabor da coisa fortuita e da ocasionalidade dos interesses.
O dia dessas manifestações também abrigou algumas bizarrices que deverão ser objeto de avaliação dos autores. Basta notar o Aécio Neves posando de cidadão comum para atacar o microfone e bradar que “o meu partido é o Brasil”. Ora, ora... O seu avô cunhou frases de efeito muito melhores e impregnadas de uma credibilidade que agora não se enxerga, como aquela “não podemos nos dispersar”, no pós Diretas. O neto bem que poderia remexer os alfarrábios do vô, para parecer crível e sério, sem a indefectível aura de meninice política que aparece e desaparece da lida, qual um fantasma.
E ainda teve a outra coisa bizarra – embora correta e compreensível – da reunião, como sempre patrocinada e jamais voluntária, nas portas do Instituto Lula, congregando passageiros dos ônibus do ABCD, e mais alguns chamados intelectuais ou candidatos a. Com ares de entrudo e ao ritmo de um arremedo de bateria de escola de samba, o contraponto das outras manifestações bradava a “defesa da democracia”. Só assim eu soube que a democracia estava em risco, porque até aqui não percebia qualquer sinal, uma vez que todas as instituições estão em perfeito funcionamento. Apenas os homens (alguns) estão sob as lupas da Justiça.
Resta esperar os passos dos agentes na semana entrante, em que se fala da denúncia contra o Eduardo Cunha, que parece ser o foco, além do grande pensador alagoano Fernando Collor, e outros votados. Tudo é boato, tudo é suposição, inclusive a de que o Renan estaria protegido por um certo acordo. Na mesma linha de suposição, o Rodrigo Janot seria reconduzido em sessões relâmpago do Senado à PGR.
Aguardemos.
Por: Luiz Saul
O BANDIDO LULA VIROU FOCO DOS PROTESTOS. FORA A QUADRILHA DO PT.AINDA TEM GENTE SAFADA QUE DEFENDE ESSA CORJA.
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ExcluirHouve prisão e confisco de R$ 54, 5 mil. Nestor Cerveró ( ex-Petrobrás), o lobista Fernando Baiano e o empresário Julio Camargo foram condenados por Sérgio Moro.
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