terça-feira, 25 de agosto de 2015

SEMANA DA LÍNGUA SOLTA E OS BANANEIROS DA REPÚBLICA - POR LUIZ SAUL


Apenas começando, podemos chamá-la de a Semana da Língua Solta.
A dilma, adotando uma ensaiada postura budista, soltou timidamente a sua língua, ao admitir que o Estado demorou a perceber a gravidade da crise, que ironicamente só aconteceu após a reeleição. Assim é fácil. Ora bolas, o Estado, no caso, é ela própria de uma forma indivisível na condição de Chefe de Estado e Chefe de Governo. Esse tipo de mea culpa seria aceitável se fosse emendado com uma carta de renúncia e um pedido de desculpas. Mas, não! Ela preferiu anunciar a redução do número de ministérios que antes debitara à mentalidade tecnocrata da oposição.

Pior ainda, na forma como anunciada a reforma, sem dizer quais em que condições os órgãos que serão extintos e/ou fundidos, estabeleceu a insegurança em praticamente todos os ministros e secretários atuais sobre os seus destinos. Todos com a broxa na mão. Além disso, como o número desses órgãos foi inflado para abrigar os partidos da coalizão serão necessários muitos argumentos para justificar perante os aliados a perda da fatia. Agora virão aqueles clichês de cortar na carne, aumentar a eficiência, aperfeiçoar a governabilidade, etc. Tudo tem sinais de soluços depois de noite mal dormida.



 



Mas,na semana da língua solta, o Collor também se fez presente, é claro. Destrambelhado, vociferou a leitura de um rol de impropérios contra o PGR Rodrigo Janot, a quem já chamara de filho da p..., desclassificando-o agora como sujeitinho à toa, fascista da pior extração, sem eira nem beira e foi por aí. Além disso, garantiu a sua inscrição na sessão que vai apreciar a recondução do Janot. Vai ser um pega pra capar. O senador, que tem transformado a nobre tribuna em um exercício de ataques rasteiros, somente não aludiu à origem dos depósitos considerados irregulares que ensejaram a denúncia contra si. 

Por fim, o Michel Temer soltou a língua perante a madama sapiens liberando-se da sabotada missão de conduzir as relações institucionais, como primeiro sinal do descasamento definitivo do PMDB com o que resta do PT. 

Em ação os bananeiros da república das.




Por: Luiz Saul Pereira

Um comentário:

  1. Muito, muito, muito bom ler todos os dias as publicações do senhor Luiz Saul.Divirto-me com suas tiradas sensacionais de quem sabe realmente das coisas em Brasília.

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