quarta-feira, 9 de setembro de 2015

SEMANA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA EM TRIUNFO PE


A Semana da Pessoa com Deficiência, promovida pela Secretaria Municipal de Educação de Triunfo em parceria com as Escolas Monsenhor Luiz Sampaio e EREM Alfredo de Carvalho aconteceu de 24 a 28 de agosto com o tema “Educação Inclusiva como Direito Humano”.


Entre as principais ações da semana destacou-se a divulgação do Tema na Radio Triunfo FM, entrevistas, palestras, exibição de filme, momento de reflexão, dança, exposição de trabalhos com o objetivo de sensibilizar sobre o tema.



 A Secretária de Educação do Município de Triunfo, Maria das Graças Rabelo Torres fez a abertura do evento, destacando a importância da Semana da Pessoa com Deficiência. Logo após, Andressa Melo Lima interpretou o Hino Nacional em LIBRAS. Dando continuidade foi realizado um ciclo de palestras com Ivanilda Viana, Maria Lúcia Alves de Lima, Sandra Antas, Juliana Frutuoso e Josinalva Maciel. Esse momento foi encerrado com a apresentação artística de Antônio Teles, jovem com deficiência visual da cidade de Betânia/PE

O SESC Triunfo nos presenteou com a exibição do Filme IEP! que teve como público alvo os alunos com deficiências e suas famílias, professores da Educação Especial e da Sala de Recursos Multifuncionais e os alunos Felipe Almeida (Escola Monsenhor Luiz Sampaio) e Fernando Frazão (EREM Alfredo de Carvalho) que foram os comentaristas do Filme IEP! acompanhados pela intérprete de LIBRAS, Maria Aparecida Viana.




Para abrilhantar esta Semana, a Fábrica de Criação Popular / SESC Triunfo, através do Grupo de Dança Contemporânea, apresentou o espetáculo Insanidade (participação de Nathália aluna surda) na Escola Monsenhor Luiz Sampaio.




 O Centro Educacional de Triunfo, alunos, familiares, professores receberam com alegria, o Padre Mairton da Paróquia de Santa Cruz da Baixa Verde e o seminarista do Convento São Boaventura Lorrane para um momento de reflexão e fé.

Para finalizar as atividades da Semana da Pessoa com Deficiência foi realizada uma exposição dos trabalhos dos alunos com deficiência e dos materiais e equipamentos utilizados nas escolas e Atendimento Educacional Especializado. Participaram da exposição às Escolas São Vicente Paulo, Higino Bezerra, Monsenhor Luiz Sampaio, Centro Educacional de Triunfo, Lar Santa Elizabete e a ex-aluna da Escola Monsenhor Luiz Sampaio, Jussara (jovem surda). A pequena Yasmin de Oliveira da Escola São Vicente de Paulo e do AEE da Escola Monsenhor Luiz Sampaio (aluna com baixa visão), encerrou as atividades cantando a música “O barquinho”.




A Semana da Pessoa com Deficiência 2015 foi coordenada por Kássia Rabelo (Fonoaudióloga), Helenita Timóteo (Psicóloga), Luzia Arruda (Pedagoga) e com o apoio pedagógico de Fátima Rabelo (Especialista em Educação Especial – Escola Monsenhor Luiz Sampaio).



A garantia dos direitos humanos tem sido colocada, nos últimos anos, no cenário da discussão da política de inclusão educacional, haja vista que se pensar em direitos humanos implica, necessariamente, em se pautar em uma noção de humano, de direito, de justiça de um ideal de sociedade.



Os Direitos Humanos são universais, ou seja, aplicam-se a todo ser humano sem distinção. Todos temos o dever de proteger, cumprir e respeitar os Direitos Humanos, e o Estado é responsável por garantir que esses direitos sejam assegurados através de medidas legais. 
Bem no centro da educação inclusiva está o direito humano à educação, pronunciado na Declaração Universal de Direitos Humanos em 1949. Esses direitos independem de sua raça, cor, religião, cultura, deficiência ou condição pessoal e familiar. Portanto esta é nossa luta, por uma Escola Inclusiva, democrática, por um espaço para a produção da vida e para ampliação da consciência. Uma educação aonde possibilite a convivência com a diversidade, seja ela qual for, um projeto de educação que busque continuamente o diálogo e a preservação dos direitos humanos.

E dizer que, quando as políticas públicas têm a inclusão na sua centralidade, elas não vão contemplar exclusivamente as pessoas com deficiência, mas elas serão inclusivas para todos e estarão cumprindo seu objetivo que é o de melhorar a sociedade.








Assim, a Educação Inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avança em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola.

Mais do que uma questão de adequação de espaços, a escola inclusiva passou a ser nomeada como uma questão de direitos humanos, e sua concretização representa um passo importante em direção à efetivação do conclamado direito universal à igualdade entre os homens. 

Outro aspecto que merece ser destacado é que, com a inclusão, supera‐se a ideia de classificação e definição dos indivíduos em função de suas deficiências, abandonando‐se, por conseguinte, os critérios de distinção entre deficientes e não deficientes, com dificuldades e sem dificuldades, com limitações e sem limitações, normais e anormais, porque se entende que todas as pessoas possuem diferenças e dificuldades temporárias ou permanentes, cabendo à escola, bem como a sociedade, encontrar formas de acolher a todos.

Enquanto paradigma, podemos dizer que a educação inclusiva se baseia, então, na construção de um modelo diferente de escola, portanto, de currículo, de planejamento, de formação, de metodologias, etc. Neste novo modelo superam‐se os rótulos, tão comuns ao atendimento de pessoas com deficiência e busca‐se instalar outra ótica sobre os indivíduos e grupos, a partir de um modelo explicativo social das deficiências, entendendo que a maioria dos obstáculos que estas pessoas enfrentam está mais na sociedade que não está preparada para recebê‐las do que nelas próprias.

Cada cultura tem a sua forma de construir e pensar a diferença.
Os desafios são muitos, mas cabe a todos o dever de enfrentá-los e vencê-los, um a um, para que num futuro muito próximo possamos nos orgulhar ainda mais de sermos brasileiros, pernambucanos e triunfenses.


Abraços inclusivos!
Kássia Rabelo

Fonoaudióloga

Um comentário:

Caro leitor, seja educado em seu comentário. O Blog Opinião reserva-se o direito de não publicar comentários de conteúdo difamatório e ofensivo, como também os que contenham palavras de baixo calão. Solicitamos a gentileza de colocarem o nome e sobrenome mesmo quando escolherem a opção anônimo. Pedimos respeito pela opinião alheia, mesmo que não concordemos com tudo que se diz.
Agradecemos a sua participação!

NOSSOS LEITORES PELO MUNDO!