sábado, 28 de novembro de 2015

BRASIL AMERICANIZOU ADOTANDO O "BLACK FRIDAY" E ESPERA DRIBLAR A CRISE


O ano de 2015 não tem sido fácil para o comércio brasileiro. As tradicionais datas de movimento alto decepcionaram com queda nas vendas pela primeira vez em muitos anos. Mas varejistas nutrem expectativas positivas de uma reviravolta com as festas de final de ano e estão de olho em uma data que vinha mostrando um desempenho cada vez mais forte: a Black Friday, nesta sexta-feira.

Criado dos Estados Unidos, o dia de cortes generosos nos preços foi adotado em outros países, como Reino Unido, Austrália, México, Romênia, Costa Rica, Alemanha, Áustria e Suíça, e introduzido no Brasil há cinco anos. Seu volume de vendas vem crescendo rapidamente desde então.

Mas como será neste momento de recessão e cenário sombrio no comércio? A ideia do dia de "superdescontos" terá força para para convencer o brasileiro a finalmente ir às compras?

O Dia das Mães não registrava uma queda havia 13 anos. Isso se repetiu no Dia dos Pais – algo inédito desde 2005 – e no Dia dos Namorados – o primeiro recuo em seis anos. No ano, o varejo acumula uma retração de 3,3%, segundo o IBGE.

Mesmo assim, profissionais ligados ao evento e ao mercado ouvidos pela BBC Brasil estão cautelosos, mas otimistas e preveem um crescimento de dois dígitos nas vendas geradas pelo evento em 2015.

"Existe uma demanda de consumo reprimida. Estamos sendo conservadores, mas acreditamos que o público vai estar atento para poder comprar mais com menos dinheiro", afirma Juliano Motta, diretor geral da BuscaDescontos, organizadora da Black Friday no Brasil.

"Se o varejo conseguir entregar boas ofertas, talvez a gente se surpreenda e tenha uma Black Friday muito boa."

Natal antecipado

Em seu primeiro ano, a Black Friday registrou R$ 3 milhões em vendas no país, segundo a ClearSale, empresa especializada em fraudes que monitora o faturamento do evento em parceria com seus organizadores. Em 2014, já eram R$ 871,9 milhões.

Este otimismo se deve a alguns motivos. Um deles é a expectativa de varejistas de que os consumidores decidam aproveitar as promoções para adiantar a compra dos presentes de Natal. "Isso já aconteceu no ano passado e esperamos que se repita em 2015", afirma Omar Jproveitar, porque passaram o ano economizando à espera de uma boa oportunidade."

Sciama afirma que um indício deste interesse está no aumento notado pela companhia no volume de buscas online por termos relacionados à Black Friday.

Outro pode estar no faturamento registrado pelo comércio eletrônico brasileiro no início do segundo semestre, afirma André Ricardo Dias, diretor executivo da consultoria E-bit, que monitora este mercado. "No último trimestre, notamos que o consumidor reduziu seu ritmo de compras, o que indica que muita gente pode estar esperando esta data."

Crédito: BBC Brasil

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