quinta-feira, 12 de novembro de 2015

PARALIZAR AS ESTRADAS É CRIME, E PARALIZAR O PAÍS É O QUE, MADAMA? - POR LUIZ SAUL



Com o mandato, a presidência da Câmara e a carreira política em estado terminal, o deputado Eduardo Cunha, emergindo de um terror interno, acusa o antigo aliado PSDB de deslealdade, depois que este partido decidiu desembarcar da aliança de conveniência que vinha sustentando na esperança de protagonizar o afastamento da dilma.
 
A desvinculação do PSDB, além de revelar a alteração de estratégia imprevidente, produz outras vítimas, além do Eduardo, na medida em que remete à orfandade as legendas menores como o DEM que vinham pendurando-se no mesmo tipo de discurso para a recuperação do prestígio e da musculatura.
 
De pouco adiantou o deputado Eduardo reunir os “aliados” em um regabofe às nossas custas na residência oficial para mostrar os registros de seu passaporte apontando as inúmeras viagens a países africanos para os quais, na sua versão mambembe, houvera vendido carne enlatada, e com cujo produto amealhara sua fortuna não declarada na Suíça. 
 
Assim como o PSDB, os comensais também confirmaram a fragilidade dos argumentos, os quais, ainda que verdadeiros, não se livraria aura de grave irregularidade, transformando suas mentiras aos pares em outro tipo de crime representado ora pela evasão de divisas, ora pela lavagem de dinheiro. Vale dizer, em qualquer situação desmereceria o mandato. 
Paradoxalmente, o Planalto entrou em alerta vermelho sem comemorar a iminente derrocada do seu maior inimigo, transformando os recentes gritos de guerra em sussurros meio a meio conciliatórios e comovidos. 
 
Mesmo na aridez da inteligência, os “estrategistas” palacianos sabem que a agudização da crise com que se depara o Eduardo decreta o falecimento da sua credibilidade, mas mantém a legitimidade para decretar o início do abraço dos afogados, levando, ou pelo menos tentando levar a dilma e outros mais consigo, conforme vem prometendo desde o início do processo.
 
Por isso que o silêncio quase sepulcral do governo, neste momento, só é quebrado quando a madama comandanta resolve abrir a boca. Aí é um Deus nos acuda!
 
Ainda agora, embevecida com as avaliações do Ministro Edinho Silva de que a greve dos caminhoneiros, além de pontual é meramente política, resolveu falar sem olhar para sensatez, e publicou que bloquear as estradas é crime. 
 
Ora, essa greve, como a maioria das demais tem algum aspecto político mesmo, especialmente quando os participantes advogam abertamente a queda da sapiens. Ademais, é, de fato, um movimento selvagem na medida em que um país movido a pneus depende em grande parte da atividade plena desses grevistas. No entanto, não se pode ignorar que contém aspirações de sobrevivência da classe, como seja uma prática de preços de combustíveis, de pneus e demais acessórios em patamares civilizados. Na mesma linha de razoabilidade é o pedido de melhoria das estradas, assim como os créditos para a substituição da frota, que, no momento, são inviabilizadores. 
 
Por isso, quando a madama diz que paralisar a estradas constitui crime, deveria refletir sobre o outro crime infinitamente maior de paralisar um país inteiro, como ela fez. Nesse caso, é de perguntar qual é a multa.
Ave, queijo coalho!

 Por: Luiz Saul Pereira
 direto da sucursal de Serra Talhada PE - Vale do Pajeu
        

4 comentários:

  1. VIVER É FÁCIL COM OS OLHOS FECHADOS....

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  2. Emmanuel Alves Barbosa12 de novembro de 2015 às 13:28

    Indagação bastante procedente essa do senhor Luiz Saul. kkkkk

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  3. Na campanha de Dilma, aconteceu uma convergência de fantasias de um marqueteiro que embarcou no mundo da fantasia com a candidata que achou oportuno usar aquelas fantasias e ideias despropositadas.

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  4. No final de semana passado mobilizações foram realizadas em várias capitais brasileiras FORA CUNHA!

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