segunda-feira, 9 de novembro de 2015

POLÍTICA: CARDOZO DIZ QUE LULA TEM TODO DIREITO DE NÃO GOSTAR DELE

Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, é os mais longevo da pasta desde a redemocratização do país. Em entrevista à Folha de São Paulo desta segunda-feira (9), Cardozo afirma que as críticas de colegas petistas ao seu trabalho são injustas.
O ministro acredita ter perdido amigos e ganhado inimigos à frente da pasta. Ele até admite que o ex-presidente Lula possa não gostar dele. "Se você quer, na vida política, se comportar dentro dos princípios do Estado de Direito, se prepare para ter inimigos e perder amigos".
Sobre as severas críticas do PT à atuação da Polícia Federal nas operações Zelotes e Lava Jato, José Eduardo Cardozo disse que "o ministro da Justiça sempre será acusado em investigações que atingem a área política. Os investigados reagem porque se sentem injustiçados ou em busca de um discurso de defesa. Isso acaba se revestindo de um ataque a quem também é do mundo da política. O ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos dizia que esse cargo é dos mais difíceis da República, porque se é culpado pelo que se fez e pelo que não se fez. Há má compreensão do que seja o estado de direito e do papel do agente público no cumprimento da lei. Não esperem jamais que eu peça uma perseguição a um adversário ou um aliviar a um aliado".
O ministro foi questionado sobre o ex-presidente Lula ter uma possível expectativa equivocada em relação a ele, Cardozo respondeu que "nunca recebi críticas diretamente do [ex] presidente Lula. O que posso dizer é que tenho a consciência tranquila e que respeito a lei. Jamais irei interferir no mérito de uma investigação, só quando houver comprovados indícios de ilegalidade e de um comportamento indevido".
Sobre possível excesso no caso da intimação do filho de Lula em uma diligência feita às 23h, o ministro disse que pediu esclarecimentos. Na Folha, Cardozo disse que A PF está ouvindo as chefias e o agente policial para que esclareçam por que foi feito naquele horário e qual é a regra aplicada para que se possa avaliar se houve algum desmando.
"Isso será submetido a mim através de um informação oficial. E isso não será feito porque é o filho do [ex] presidente. Tenho feito isso em qualquer caso que em tese poderia ser irregular", afirmou o Cardozo.
 Crédito: MSN/ Folha de São Paulo

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