segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

IDH: DESIGUALDADE FAZ BRASIL CAIR NO RANKING MUNDIAL



O Brasil registrou melhora no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2014. Os dados divulgados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) mostram que o IDH passou de 0,752 em 2013 para 0,755 em 2014. Apesar do aumento, o Brasil caiu uma posição no ranking mundial de desenvolvimento humano e passa a ocupar o 75º lugar entre 188 países.

De acordo com o Relatório de Desenvolvimento Humano 2015, lançado nesta segunda-feira (14), o país perdeu uma posição porque foi ultrapassado pelo Sri Lanka, que teve crescimento acelerado no último ano. O IDH mede o desenvolvimento humano por meio de três componentes: a expectativa de vida, educação e renda.

A coordenadora do Relatório de Desenvolvimento Humano Nacional, Andréa Bolzon, explicou que a diferença no ritmo de crescimento dos países causou a queda do Brasil. “Apesar de o Brasil ter crescido no IDH, outro país cresceu em ritmo um pouco mais acelerado que o nosso. A isso se deve nossa queda”.

Com a 75° posição, o Brasil fica atrás de países latino-americanos como a Argentina (40°), o Chile (42°), Uruguai (52°), Cuba (67°) e a Venezuela (71°). O primeiro lugar no ranking mundial é da Noruega, seguido pela Austrália e a Suíça. Em último está o Niger.

O relatório mostra que, no Brasil, indicadores que representam melhorias sociais tiveram avanço, como a esperança de vida ao nascer, que aumentou de 74.2 em 2013 para 74.5 em 2014, e a média de anos de estudo que passou de 7,4 para 7,7 nesse período.

Houve queda na Renda Nacional Bruta (RNB) per capita de 2014 (15.288), quando comparada a 2013 (15.175). Desde 1990, a RNB do Brasil não havia sofrido retração. “O relatório mostrou que do ponto de vista da renda per capita, houve pequena retração e é claro que isso afeta também nosso índice de desenvolvimento humano. Agora, daqui para a frente, precisamos aguardar para ver como as coisas vão se refletir no relatório”, disse Andréa Bolzon. Questionada se a queda no Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil poderá ter impacto negativo no IDH, ela respondeu que existe essa possibilidade, já que um dos indicadores é a renda que está relacionada ao PIB.

O Brasil acumula trajetória constante de crescimento do IDH. De 1990 a 2014, o crescimento foi 24,2%, o maior no período entre os países da América do Sul. Em relação à posição no ranking mundial, de 2009 a 2014 o país avançou três posições.

RECIFE É A CAPITAL NORDESTINA COM MELHOR IDH



No ranking divulgado pelo Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), Recife aparece como a melhor capital nordestina quando o assunto é qualidade de vida. Nos dados, a capital pernambucana, com aproximadamente 1,5 milhão de habitantes, apresenta IDHM de 0,772. A região metropolitana de Maceió ficou na última posição entre 20 regiões analisadas. A lista continua liderada pela Grande São Paulo, mas agora tem Campinas na segunda posição, empatada com o Distrito Federal.


Para o ranking, são levados em conta três itens: vida longa e saudável (longevidade), acesso ao conhecimento (educação) e padrão de vida (renda). Nos últimos dois levantamentos — em 1991 e em 2000 —, o Recife tinha o índice de 0,576 e 0,660, respectivamente.

A pesquisa é realizada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pela Fundação João Pinheiro. Segundo os dados, o que justifica o crescimento da capital é a expectativa de vida na capital, com um índice de 0,825, seguida da renda (0,798) e educação (0,698).

A capital de Sergipe, Aracaju, vem logo atrás, com 0,770.

A Região Metropolitana do Recife, na mesma pesquisa, aparece na décima quinta colocação do ranking do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) das metrópoles do país. A RMR ficou atrás, por exemplo, de outras capitais do Nordeste, como São Luiz (MA) e Salvador (BA). No Brasil, ocupa a 15ª colocação geral. A atualização ontem incluiu Maceió (AL), Baixada Santista (SP), Campinas (SP) e Vale do Paraíba/Litoral Norte (SP). 

Entre os bairros do Recife, aparecem com maiores índices de desenvolvimento Espinheiro, Jaqueira, Tamarineira e Casa Amarela, todos com 0,955, seguidos de Graças e Aflitos (0,952) e a orla de Boa Viagem (0,951). Na base do índice, estão a área rural de Ipojuca (0,523) e Jussaral, no Cabo (0,559).


Agência Brasil/ NE 10 PE



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Caro leitor, seja educado em seu comentário. O Blog Opinião reserva-se o direito de não publicar comentários de conteúdo difamatório e ofensivo, como também os que contenham palavras de baixo calão. Solicitamos a gentileza de colocarem o nome e sobrenome mesmo quando escolherem a opção anônimo. Pedimos respeito pela opinião alheia, mesmo que não concordemos com tudo que se diz.
Agradecemos a sua participação!

NOSSOS LEITORES PELO MUNDO!