Brasília - A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta terça-feira, em mensagem do Executivo ao Congresso Nacional, a recriação da CPMF e foi vaiada, durante um discurso em que alegou que a estabilidade fiscal no curto prazo determinará o sucesso das medidas de incentivo que o governo federal pretende adotar.
A recriação da CPMF é a principal aposta do governo entre as medidas de ajuste fiscal enviadas ao Congresso na tentativa de equilibrar as contas públicas neste ano, mas o projeto enfrenta forte resistência entre parlamentares.
"Como a maioria dessas iniciativas só tem impactos fiscais graduais e impactos de médio e longo prazo, não podemos prescindir de medidas temporárias para manter o equilíbrio fiscal. As principais medidas temporárias são a aprovação da CPMF e a prorrogação da desvinculação de receitas da União pelo Congresso nacional", afirmou Dilma em seu discurso, sendo vaiada por parte da plateia, sendo alguns com cartazes contra a medida.
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</div> <div id='passback-wb9f242f9c7'></div> Dilma defendeu também o estabelecimento de metas fiscais flexíveis e a imposição de limites para o crescimento das despesas do governo federal.
"Queremos discutir com o Congresso Nacional a fixação de um limite global para o crescimento do gasto primário do governo para dar mais previsibilidade à política fiscal e melhorar a qualidade das ações de governo", disse ela, que enfrenta uma crise em sua coalizão governista, em meio a um cenário econômico de recessão.
"Ao mesmo tempo como teremos limitado o controle da evolução da receita, necessário se torna também a adoção de uma margem de flutuação do resultado fiscal para acomodar sua volatilidade. Precisamos combinar metas mais flexíveis de resultados com limites mais estritos para o gasto", completou.
Crédito: revista EXAME.COM
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