“Eles” deviam, pelo menos, sentar e combinar o discurso antes de irem
aos microfones. No mínimo, serviria para passar a impressão de que estão
subordinados à mesma filosofia e que não estão internamente rachados.
O Ministro Marcelo Castro, sabidamente um trapalhão que herdou a pasta da Saúde da crise entre a dilma e o PMDB, mesmo sendo um profundo desconhecedor de política de vigilância sanitária e epidemiológica, desandou a declarar que o Brasil está perdendo feio para o mosquito Aedes Aegypti. Ato contínuo, a madama, que é ainda mais desconhecedora desse ou de qualquer outro assunto, no seu chilique diário, desancou o Ministro, desmentiu suas declarações e conclusões, e, só não mostrou a porta como serventia do Palácio por temor ao Temer e respectivos sectários.
Pois bem, menos de uma semana depois, a madama vai contrita aos microfones e holofotes, fazer o que chamou de constatação da realidade, afirmando, no estranho português que só ela pratica, que "Nós estamos perdendo a luta contra o mosquito, porque enquanto o mosquito reproduzir-se, todos nós estamos perdendo a luta contra o mosquito". O tal ministro manteve-se calado, não se sabe se por ironia ou por vingança.
Nesse caso, é falta de combinar os discursos.
Nem precisava dessa exposição toda. Afinal, o Ministro não está ali por mérito, mas por ausência de opção, sabendo, inclusive, que a sua pasta, sendo teoricamente o maior orçamento da Esplanada, está com os cofres zerados, ou no mínimo, comprometidos. Talvez por isso e por vã busca de protagonismo defendeu não só a instituição em caráter permanente da CPMF, mas também com o índice dobrado. É psiquiatra. Precisa urgentemente de outro.
Noutro lugar, ora perto do Palácio, ora perto da cadeia, o Lula diz que o Dirceu indicava diretores da Petrobrás, e o Dirceu diz que não indicava ninguém. Só permitia que as empresas pagassem a reforma de sua casa, ou aceitava carona nos aviões das mesmas. O ex ministro esqueceu que, acaso houvesse feito indicações, não seria crime apesar dos resultados. Mas, os outros procedimentos que confessou ao Juiz Sérgio, aqueles sim, configuram crimes de advocacia administrativa e prevaricação. Isso mostra a trivialidade do caráter reinante. Até lembra a famosa frase do Maluf ao estilo “estupre mas não mate”, e também o estilo ademarista do rouba mas faz.
Nesse caso, é tirar o corpo fora.
Enquanto isso, a erudita dilma segue representando o seu povo e quebrando as regras do conhecimento. Desta vez, demonstrou que não sabe a diferença entre América do Sul e América Latina, e ainda pôs a metade do mundo no Equador. Em Quito, produziu o seguinte raciocínio:
“Eu fico muito feliz também de estar aqui na América Latina, pelo… na América Latina… interessante eu ter falado isso, não é? Porque o Equador, de fato, tem a metade, a metade do mundo. E por isso tem uma singularidade na América Latina, quando nós escolhemos aqui para ser a sede da Secretaria Geral da Unasul”.
Pois é, nós sofre, mas nós goza.
Por: Luiz Saul Pereira
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações dos esquemas de corrupção da Petrobrás, merece os parabéns de todos os brasileiros. Mas, nem os políticos tomam medidas contra a corrupção sistêmica institucional no País. Ao contrário, fazem tudo para atrapalhar as investigações e evitar qualquer legislação ou processo que leve a corrupção.
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