Pois bem, é uma no prego e outra na ferradura.
No prego, a força da pressão lulopetista, ao expulsar do Ministério da Justiça o José Eduardo Cardozo, serviu dentre tantas coisas para demonstrar que a dilma, como presidente, sequer frita bolinhos. Esclarece que, apesar dos arroubos da mandi-Oka, quem manda mesmo nesta Pátria Desarticulada é o Lula e o seu séquito, como a esbofetear a ética nacional.
O cerne da questão esteve sempre situado na exigência do controle das ações da Polícia Federal que, apesar de subordinada ao Ministério da Justiça, goza de autonomia para atuar, ainda que nem sempre isso haja acontecido. Depois de despolitizada, a PF vem experimentando um ciclo virtuoso, o qual, associado à dinâmica do Ministério Público, vem desvendando o organograma da criminalidade pública e privada. E isso não tem sido aceitável para alguns.
A troca de guarda no MJ pode eventualmente significar algum arrefecimento das ações da PF, mas pode também agudizar as suas ações em ato de justa rebeldia institucional para beneficiar o país. Esse tipo de queda de braço pode começar se o novo ministro – um desconhecido nacional aliado a Jaques Wagner, que vem a ser escudeiro do Lula – resolver substituir a cúpula da PF por membros mais amigáveis. Essa parece ser a conspiração para reduzir a força dos atores do bem da Operação Lava Jato, e, então, voltaremos à “normalidade”.
Já na
ferradura, consta que Marcelo Odebrecht, o príncipe das construtoras,
como às vezes é definido, teria liberado os diretores e ex-executivos da
sua empresa a sucumbirem à delação premiada, com a consequente entrega e
nivelamento na mesma bacia de pecados gregos e troianos, uma vez que a
sua construtora distribuiu verbas para todos os partidos em maior ou
menor volume. Era uma questão de apostar em alazões e pangarés para o
bem no futuro sob qualquer bandeira.
Para compensar os riscos e manter o estado de pânico dos criminosos e associados, já consta por aí que o “pessoal de Curitiba” vem festejando uma robusta delação premiada com ares de definitivo desvendamento de boa parte do assalto e dos assaltantes de que se trata.
Enquanto isso, nem no prego nem na ferradura, mas direto na credibilidade, recalcitra o Lula em prestar esclarecimentos sobre as propriedades que não são suas. Ora direis!...
O fato objetivo é que os brasileiros estamos condenados a sangrar durante todo este ano na indefinição jurídica e institucional. Acaso o TSE não se defina quanto ao julgamento da chapa, já se sabe que na delimitação da esfera política, os processos serão convenientemente empurrados com as muitas barrigas (e que barrigas!) até 2017, quando se atingirá mais da metade do mandato da mandi-Oka e os entendimentos serão outros.
A “novidade” do desregramento moral fica por conta da declaração do deputado José Mentor (PT-SP), que teria confessado dispor de uma “caixinha” formada por recursos seus e de assessores do seu gabinete, valendo dizer que achacava os funcionários para recolher parte dos seus salários.



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