Nesta semana, o Palácio está se assustando com duas datas seriadas e igualmente sinistras para a sua manutenção.
No dia 12, acontecerá a Convenção Nacional do PMDB na qual serão discutidas as questões internas tradicionais, e a recondução do Michel Temer à presidência da legenda, parecendo isso um fato consumado. A ameaça subjacente ao Planalto que reinará na Convenção consistirá em uma ou mais de uma proposta de desembarque do partido da claudicante aliança que formalmente ainda persiste.
Segundo consta nos bastidores e até fora deles, as propostas consistirão na denúncia do “contrato”, cabendo aos ocupantes dos cargos da cota partidária decidir a seu talante se abandonam as cadeiras ou se juntam à tropa.
Desnecessário dizer que, na hipótese do rompimento, a dilma perderia o que resta do arremedo de governabilidade em que suspira. É que, na tese do fim do contrato, somente remanesceria do PMDB no governo o Vice Presidente Temer em uma cadeira à parte de eventual decisão retirada da Convenção. E o Temer, não sendo propriamente um amigo da dilma, não teria também musculatura para confirmar a continuidade da aliança.
Aí, no dia seguinte, 13 de março, parcela da resistência da sociedade promoverá em muitas cidades a sua marcha cívica de protesto, a qual, dependendo da intensidade e da densidade, poderá, ou não, orientar um Congresso sequioso de sobreviver, na sequência das decisões e das votações nos plenários da Câmara e do Senado.
Depois de acusar de diversas formas o golpe da realidade em que ninguém está acima da Lei, parece que os governantes tiveram as fichas caídas e estão compreendendo a força das ameaças de ambas as datas em questão.
Mas, por enquanto, o pessoal “de lá”, na falta de modelo próprio de argumento, continua produzindo as avaliações toscas de sempre na intenção de impregnar em seus seguidores teorias de conspiração impossíveis de merecerem crédito e prosperarem na mente dos sensatos.
O desespero é tamanho que, segundo a editora da coluna Painel da Folha de São Paulo, Natuza Nery, a dilma teria oferecido ao Lula um ministério de forma lhe assegurar privilégio de foro, e impedir a sua prisão pelo Juiz Sérgio Moro. Acaso se confirme o oferecimento, mesmo sem a aceitação estaremos diante de uma confissão de culpa, mas também do mais perfeito exemplo de despudor.
Orai e vigiai!
A partir de hoje, dia 10/03, estarei em miniférias fora de Brasília, sem computador e
talvez sem internet. Descansem de mim....
Luiz Saul Pereira
De Brasília - DF
Que pena! Logo num momento traumático desse que a gente poderia se deliciar com as suas interessantes postagens neste blog. Fazer o que? Aguardar o seu retorno com maior vigor. Boas férias!
ResponderExcluir