quarta-feira, 7 de setembro de 2016

PETISAÇÃO DOS FUNDOS DE PENSÃO - GOLPES CONTRA APOSENTADOS E PENSIONISTAS - POR LUIZ SAUL



Há mais de 40 anos, como tantos, sou e continuarei sendo contribuinte de um desses Fundos de Pensão assaltados pelo conluio da corrupção de alguns se não da maioria dos seus gestores com empresas privadas e também com agentes públicos, como antes se comentava, mas que agora chega às barras da Justiça. 


Embora o raciocínio da administração desses entes seja de uma matemática de simplicidade monástica, a sua gestão implica profundos conhecimentos das ciências atuárias em condições de projetar o equilíbrio dos ativos com as obrigações de prazos incessantes, naturalmente somados a princípios de honestidade pessoal e de compromisso com a missão da empresa. 

Durante longo tempo, entre altos e baixos (mais altos do que baixos) os Fundos de Pensão constituíram reserva garantidora de uma aposentadoria complementar digna e jamais gratuita, uma vez que o Estado por tantos e discutíveis motivos jamais ofereceu ao cidadão. 


Mas, eis que se não quando, apareceu diretamente das trevas o Lula montado no alazão da Presidência da República, e, em raciocínio ideológico e corrupto já no nascedouro, decidiu que a administração de tais organismo não poderia ficar a cargo da iniciativa privada ou excessivamente nas garras do órgão patronal, mas sim, no antro do sindicalismo. 

Foi assim que uma parte de “gestores” identificados com um tipo de ideologia forjada no raciocínio das vantagens pessoais e de um projeto de poder tomou conta do país passaram a administrar em proveito próprio e também partidário as enormes riquezas dura e longamente construídas pelos contribuintes, sujeitando os projetos individuais de aposentadoria a um malogro, ou, numa hipótese mais branda, determinar o reforço de caixa da parte dos aposentados e aposentandos.

Cínica e exibicionista, a corrupção acredita na impunidade. É um credo tão arraigado em todos os níveis que em muitos casos o senso da realidade para esconder sinais exteriores de enriquecimento ilícito foi substituído pela arrogância e pela ostentação sugestiva de recôndito delito. Aliás, a ousadia não se limita a bens, mas também a raciocínios como bem demonstra as declarações do Lula, por meio da sua defesa, de que não reconhece competência no Juiz Sérgio Moro para julgá-lo no caso dos “presentes” subtraídos dos Palácios. Insolência dessa natureza que rejeita instituição constitucional tende a orientar as “verdades” dos demais seguidores como tem acontecido.

Voltando ao assunto, fico refletindo sobre o possível dilema que possa estar assaltando os contumazes defensores de toda a extensão do Sistema PT de 13 anos, especialmente aqueles que, como eu, são vinculados a um desses Fundos, e, que, como eu, poderão ser “convidados” a repagar as contribuições para restabelecer os ativos desencaminhados por representantes petistas, os quais, ao que consta, são a maioria desde que Brasil se petisou.

Também fico na dúvida se a indisponibilidade dos bens dos “gestores” e empresas envolvidas judicialmente determinada será bastante para cobrir o rombo provocado, e, ainda se cabe aos prejudicados ajuizarem contra o Estado, como solidário do crime, uma vez que a petisação dos Fundos ocorreu por determinação do seu então titular.



Por: Luiz Saul Pereira
        Brasília - DF

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