quarta-feira, 26 de outubro de 2016

CAÇADA QUE APONTA PARA UM ENCONTRO DE NOTAVÉIS EM ALGUM PRESìDIO - POR LUIZ SAUL



Sem suavidade, estão previstos vários embates na reunião a respeito de segurança pública, prevista para a próxima sexta feira, 28, com as prováveis presenças da Ministra Carmem Lúcia, do STF, do Ministros Moraes, da Justiça, do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, dos presidentes do Senado e da Câmara, respectivamente Renan Calheiros e Rodrigo Maia, e do Presidente da República. Ninguém sabe ao certo quanto aos comparecimentos.

Mas, acaso se confirmem os nomes, ter-se-ão os entreveros do tipo Renan x Carmem; Renan x Moraes; Renan x Janot, e talvez até as primeiras rugas do Renan x Temer. 

Difícil dizer se é uma questão de patologia bipolar ou um acuamento. Mas, o fato é que, independentemente de ter menos ou mais razão em defesa do território do Congresso, o fato é que o Renan é o foco do momento político da rinha nacional, e, em escala menor, o Ministro “circunstancial” Moraes, da Justiça. 

Bom, no caso do Dr. Moraes, talvez haja chegado a hora em que a honradez e a dignidade pessoal devam sobrepujar a avidez do poder. Além criticado internamente no próprio partido, na rua, na fazenda e na casinha de sapé, o Ministro tem sido esculachado com constância e recriminado pelo excesso de palavras e escassez de ações. Dizem que é mantido apenas por uma questão de amizade pessoal com o Temer. Sendo assim, o presidento haveria de preservar a amizade devolvendo o amigo às origens, enquanto resta boa desculpa. Dizem também que o José Maria Beltrame, ex-secretário carioca, estaria sendo sondado para o posto. 

Já o Renan, quase sempre pintado para guerra ao sabor de qualquer inimigo, parece estar percebendo o estreitamento dos becos, ouvindo o tropel da cavalaria curitibana cada vez mais alto. E não é sem motivo, especialmente após o conteúdo que se comenta da delação do Marcelo Odebrecht que finalmente teria resolvido salvar a própria pele entregando todos os partidos e todos os comparsas. 

Não sendo bipolaridade, será então o acuamento a que está exposto que o faz atirar em qualquer direção. Nessa condição, ainda sentado na cadeira e com o bastão na mão, tem igual potencial tanto de ir para el paredón pela mão do STF, o novo inimigo, quanto de melar as medidas de recuperação idealizadas pelo Planalto. Mas, como não sabe escolher os inimigos, a Ministra Carmem Lúcia marcou para 3 de novembro a discussão para decidir se ele pode, ou não, assumir a Presidência da República nos impedimentos da linha de sucessão. No caso, do Cunha, ele não pôde.

Basta sentar em cima da PEC 241 do Teto dos Gastos que acaba de aterrissar no Senado. Pode também pautar a discussão da chamada lei do abuso do poder com a introdução de quesitos contra o curso da Lava Jato, ou, então, encaminhar a anistia aos processos de Caixa Dois, esvaziando o Moro, o MPF, a PF, a Receita e o escambau a quatro. Sem contar que poderia, ainda, tentar inviabilizar as 10 Medidas.

Sem embargo, resta ainda a esperança de que, em tal reunião, possa ser domesticado com promessas de armistício e de amizade para sempre, nas quais não poderá acreditar, mas tomará fôlego para enfrentar “apenas” os processos que se encontram no Supremo e as denúncias que virão de Curitiba.
 
Pra mim, é mato sem cachorro em uma caçada que aponta para um encontro de “notáveis” em algum presídio contando com Lula, Cunha, Renan, Raupp, Jucá, Vaccari, Marcelo, Léo, Vargas, Argolo, Gim, Dirceu, Corrêa, Bernardo, e outros tantos que formam um time completo com titulares, reservas e até diretoria, sem falar que poderá até ter uma madrinha, a Gleisi.

E tem mais! Sou contra as vaquejadas, a não ser que se dê uma chance ao boi de correr com o cavalo para pegar o vaqueiro pelo rabo!


Por: Luiz Saul Pereira 
        Brasilia - DF
 

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