segunda-feira, 31 de outubro de 2016

NÓS TORCIDA BRASILEIRA ESTAMOS NO BREU... POR LUIZ SAUL




“Nunca na história desse país” apuramos tantos perdedores em um pleito, a começar pelo eleitor, que, em profundo desencanto, posicionou sua ausência às urnas para afirmar a reprovação, exigir reflexão, mudança de comportamento e certamente a renovação de quadros tão viciados dos “nossos” políticos. 

Seria correto mencionar o PT como o perdedor mor. Suas estrelas cadentes – dilma e Lula – aderiram à abstenção na mais perfeita falseta com os militantes e com a decantada filosofia de luta. Uma maricagem a ser cobrada no futuro, e que confirma a sucumbência à morte iminente do partido a partir do brusco encolhimento. Então, não há que se chutar cachorro morto. 

Outro perdedor foi sem dúvida o senador Aécio Neves, embora o seu partido, o PSDB, haja avançado de forma significativa nas conquistas de muitas prefeituras. Mas, a derrota do seu candidato, em Belo Horizonte, expôs o exaurimento do seu prestígio, como padrinho, na capital do Estado que governou. De sorte que, Belo Horizonte será mais que nunca a Cidade do Galo. A circunstância sepulta o sonho da unção como candidato à Presidência da República, que agora será fatalmente concedida ao hipotético patrono das vitórias, Geraldo Alckmin. 

Mas, aí surgem as Alagoas, onde a família Calheiros há muito vem ensaiando transformar em feudo à semelhança do quase império instituído pelo Sarney, no Estado do Maranhão, à custa da miserabilidade econômica e do desaparecimento do IDH do seu povo. É um vereador aqui, um prefeito ali, um deputado alhures, um governador acolá e segue o féretro. Só que, no caso, a cidade de Maceió deu o que aparentou ser um freio de arrumação mínimo que seja para mandar o senador Renan Calheiros e família refletirem sobre outras saídas, tal qual a defesa dos perigos oriundos de Curitiba, cada vez mais próximos. Menos mal porque, desta feita, o Renan perdeu e o Sarney, também.

Mas, por falar em perdedor, tem o carioca, que perderia de qualquer jeito, mas, optou pelo insistente Crivella, com o apoio da família Garotinho, do Romário, e do Bispo dono da IURD. Com o Estado quebrado, insolvente e abandonado ao governo paralelo das milícias, não haverá dízimo que o restabeleça. É muito! É demais! Como esse pessoal só é amigo até o terceiro parágrafo, logo haverá um desentendimento por cargos, por credos, por dízimos, sobrando para o povo, como sempre. Mas, o Estado laico está em risco.

As eleições municipais de 16 revelaram afinal o fracasso da esquerda, inclusive em sacolões tradicionais do tipo Rio Grande do Sul e mesmo Pernambuco (sem falar no cinturão vermelho de São Paulo) e outros menos votados. A colheita desse tipo de infortúnio dar-se-á em 2018, quando um quadro político sem qualquer renovação pleiteará o comando da nação.

A “novidade antiga” poderá ser a reapresentação do truculento Ciro Gomes puxando o PT pela coleira, com um discurso nacionalista ao estilo cervejaria de Nuremberg. No mais, o Alckmin, talvez o Temer em natural momento de traição, ou o Serra, por outro partido, além dos nanicos de sempre até que a Cláusula de Barreira os imploda. 

E ainda têm aqueles dois partidos que dizem não ser mas continuam petistas de carteirinha, o PSOL e a Rede, da Marina. O primeiro ainda marcou, mas a Rede não disse e dificilmente dirá a que veio. 
Nós, torcida brasileira, estamos no breu.



Por: Luiz Saul Pereira
        Brasília - DF

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